E eu, não falo?
«Há hoje, quem defenda que o ataque japonês a Pearl Harbor pode ter sido consentido pelos americanos. Sendo Roosevelt um apoiante da intervenção, contava, no entanto, dentro dos EUA com uma forte oposição da opinião pública e do lobby pró alemão e enfrentara já uma derrota no senado quando propôs a entrada na Guerra àquela câmara. Com base nos dados da altura, sabe-se que existiam, na altura, informações suficientes que apontavam para um ataque eminente dos japoneses à base do pacífico. Se não veja: pouco antes do ataque os melhores barcos de guerra foram todos deslocados para outras bases.
Este ataque “surpresa” seria assim o pretexto ideal para legitimar aos olhos da opinião pública e do Senado uma intervenção directa na guerra ao lado dos aliados contra os países do eixo.»
Milan Rados, Prof. de Relações Internacionais, no meu exame oral de Política Externa dos Estados.
2 Comments:
Bem, a prof. que não diga isso a nenhum americano! Já havia algum tempo antes do ataque que os serviços secretos tinham decifrado os códigos japoneses. Reza a história que as intercepções das comunicações diplomáticas (altamente ilegal, mas que sempre existiu e existe), alertou os serviços secretos americanos para o ataque, mas o processo burocrático implicava ou implicou uma diferença de +/- 13h, entre o decifrar da mensagem e entregá-la ao comandante em Peal Harbour (ei, não havia email na altura!), daí que imediatamente após o ataque ter terminado, alguém recebeu um aviso de um ataque eminente. Quanto aos barcos, todos os porta-aviões americanos estavam no mar, caso contrário eles estariam todos a comer com pausinhos, pois ficariam sem nada com que responder aos japs.
Gerar teorias da conspiração é muito fácil. Parece-me mais fácil argumentar que em 1941 havia "inteligence" suficiente para justificar um "pre-emptive strike" aos japoneses, o que se acabou por confirmar. Isto levaria ao mesmo resultado: os E.U.A. entrariam na guerra por causa dos japoneses, e a Alemanha teria na mesma declarado guerra aos E.U.A. para ajudar os japs, estes por sua vez, continuariam a ajudar os bifes!
12:06 da tarde
Não me parece de todo uma teoria da conspiração, no sentido em que sabia-se que um ataque do Japão era eminente, quer pelo decifrar de mensagens quer pela própria natureza predadora do Japão que iniciava, na altura, uma série de conquistas desde a china passando pelo sudeste asiático e deslocando-se com naturalidade para o pacífico. Portanto, era de estar mais que alerta.
O facto de todos os porta-aviões estarem no mar e os melhores navios de guerra nesse dia não terem ido para lá, leva a crer que existiam informações suficientes da existência de um possível ataque.
10:03 da tarde
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