Merdas sérias, a brincar e assim assim. Uma janela para uma realidade que não tem, necessariamente, de ser a tua. Qualquer coisinha, já sabes, avisa.

sexta-feira, setembro 03, 2004

Conversas de rua(inha) II

O meu comentário foi em jeito de brincadeira mas, de um ponto de vista práctico, com a actual sociedade seria o resultado inevitavél. Não só em Portugal. Veja-se os abusos ao actual pobre sistema de segurança social ou exemplo practicado pela classe dirigente (longe, muito longe de ser alguma elite).

A WTO estaria em posição previligiada para introduzir as condições que NC falava no seu comentário. E até diz que o quer fazer em, já ínumeras, declarações de intento, já com alguns aninhos. No entanto como se vê, com resultados muito tranparentes (=invisiveis). Seria díficil impôr às companhias ocidentais nesses países que utilizassem as normas que utilisam nos seus países de origem? O que acontece é exactamente o contrário, ou seja: se um país não quer permitir a comercialização de produtos fabricados num país terceiro, por métodos inaceitaveis (quer seja em relação às condições de trabalho ou ambiente) mas legais, a WTO condena o país importador. Free Trade, free rules.

O que tu podes fazer? Em caso de dúvida não compres.

  • Quando vires que a roupa/sapatilhas que ias compras é "made in China", etc, não compres.
  • Não uses gasolina - pois o petróleo sustenta muitas ditaduras brutais
  • Não compres produtos de origem de criações intensivas
  • etc.

Como já deves ter percebido a lista é imensa e tu até sabes o que devias fazer.


1 Comments:

Blogger nc diz...

«O meu comentário foi em jeito de brincadeira mas, de um ponto de vista prático, com a actual sociedade seria o resultado inevitável.»

(confirmas a tua brincadeira como algo a ser levado a sério)

«Veja-se os abusos ao actual pobre sistema de segurança social ou exemplo praticado pela classe dirigente (longe, muito longe de ser alguma elite).»

(que os há, lá disso ninguém desconfia. mas mais uma vez pergunto: quem é que os faz (abusos)? é aquele que recebe 50 contos de forma fraudulenta ou o outro que se demite de pagar os 50 IRS que reteve aos seus trabalhadores? a resposta parece-me óbvia: os 2. no entanto, verifico que, num caso há revolta (e legitima), no outro, nem por isso. E qual dos dois, se fizermos bem as contas (que até já foram feitas) é o responsável pelo estado da segurança social? a resposta também me parece obvia. os 2. agora, o grau de responsabilidade de um e outro, esse, é que é diferente. mas não é isso que parece ser (quer para a sociedade, quer para o poder político). pois facilmente se verifica que, para uns é a caça ás bruxas para outros se for preciso aumenta-se-lhes aos prazos e pode ser que paguem.
Igualdade de tratamento: fiscalize-se os dois casos bem a fundo de igual forma e teremos uma segurança social bem diferente. é fácil passar a ideia de «preguiçosos» para as pessoas. e responsabiliza-los pelo estado a que isto chegou (pura demagogia), e até dá jeito nas tomadas de decisões que são, quer e queira quer não, quase sempre ideológicas. agora, encarar as coisas de frente, isso já é mais difícil até porque não dá assim tantos votos e havia meia dúzia de amiguinhos que podiam não gostar muito.)

«Seria díficil impôr às companhias ocidentais nesses países que utilizassem as normas que utilisam nos seus países de origem?»

(Haja vontade e determinação política que as coisas fazem-se.)

Quanto ao resto, plenamente de acordo.

4:46 da tarde

 

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