O chico-espertismo do empresário português
«Truques Velhos e Gastos
Por Miguel Sousa Tavares
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2005, Jornal PÚBLICO
Numa entrevista saída esta semana no suplemento económico do "Diário de Notícias", Octávio Teixeira afirmava que uma das razões do atraso económico do país reside directamente na falta de capacidade de gestão e de risco dos empresários portugueses. E lembrava que, quando tanto se fala em aumentar a competitividade, há a tendência de os empresários reduzirem isso a uma política que se limite a congelar salários e aumentar a produção laboral. Como se a eles lhes coubesse parte nenhuma nesse esforço. E dá como exemplo da tentação dos negócios sem risco a saúde. A razão pela qual há tantos interessados em explorar hospitais públicos é porque, segundo o economista, se trata de um negócio de lucro garantido e sem risco algum: enquanto houver doentes, haverá sempre clientes, e enquanto o Estado garantir os pagamentos, haverá sempre lucros. Negócios sem risco ou sob a protecção do Estado é uma velha apetência do nosso empresariado, desde os tempos da Lei do Condicionamento Industrial e do mercado garantido das antigas colónias (hoje transplantado para os negócios com os PALOP, feitos sob a protecção da garantia de pagamento do Estado português). »
Continua a ler aqui.
Por Miguel Sousa Tavares
Sexta-feira, 11 de Fevereiro de 2005, Jornal PÚBLICO
Numa entrevista saída esta semana no suplemento económico do "Diário de Notícias", Octávio Teixeira afirmava que uma das razões do atraso económico do país reside directamente na falta de capacidade de gestão e de risco dos empresários portugueses. E lembrava que, quando tanto se fala em aumentar a competitividade, há a tendência de os empresários reduzirem isso a uma política que se limite a congelar salários e aumentar a produção laboral. Como se a eles lhes coubesse parte nenhuma nesse esforço. E dá como exemplo da tentação dos negócios sem risco a saúde. A razão pela qual há tantos interessados em explorar hospitais públicos é porque, segundo o economista, se trata de um negócio de lucro garantido e sem risco algum: enquanto houver doentes, haverá sempre clientes, e enquanto o Estado garantir os pagamentos, haverá sempre lucros. Negócios sem risco ou sob a protecção do Estado é uma velha apetência do nosso empresariado, desde os tempos da Lei do Condicionamento Industrial e do mercado garantido das antigas colónias (hoje transplantado para os negócios com os PALOP, feitos sob a protecção da garantia de pagamento do Estado português). »
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2 Comments:
Infelizmente os males estão mais que diagnosticados, o que não muda é mentalidade e a mediocridade desses "empresários", que depois é propagada para o resto da sociedade.
3:20 da tarde
Ora nem mais... tudo clarinho!
10:12 da tarde
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