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quinta-feira, junho 16, 2005

Mais forte na morte que em vida

O cortejo fúnebre de Álvaro Cunhal foi uma manifestação grande como se não via desde os tempos da revolução. Cunhal conseguiu assim, na morte, o que já não conseguia em vida.
Não me surpreendeu. Nem a grandiosidade, nem a presença de povo de todo o país, especialmente do Alentejo da Reforma Agrária, nem a comoção sincera dos que se vieram despedir do seu ídolo.
São muitas e conhecidas as razões deste afecto, adoração quase religiosa, em muitos casos. Mas talvez prevaleça a da entrega total de um homem à defesa dos explorados sem querer nada para si.
Para muitos dos que o acompanharam na despedida, Cunhal é o exemplo, elevado ao sublime, do político ao serviço de uma causa justa. Por isso este cortejo, pelos muitos testemunhos explicitados às televisões, é também o repúdio dos que estão na política para se servirem a si.


2 Comments:

Anonymous Anónimo diz...

Bem unidos façamos,
Nesta luta final,
Duma Terra sem amos
A Internacional

às vezes a luta por ideais deve ser assim: resistente, combativa, forte. Os processos não podem é ser os que muitas vezes são. Mas a ideologia da Internacional e em que Cunhal acreditava era bonita. Diria mesmo que é poética... Arrangem-se outros processos e métodos, para continuar a ser possível acreditar naquilo, na essência daquilo, esquecendo todos os maus exemplos!

Bjinhos***,
Cláudia

5:54 da tarde

 
Blogger sguna diz...

Mas ele era... comunista!!!

5:09 da tarde

 

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