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quinta-feira, fevereiro 17, 2005

Em campanha

A sondagem da Universidade Católica, encomendada pela RTP, Antena1 e jornal Público, com dados recolhidos antes do debate com os líderes dos principais partidos, terça-feira na RTP, coloca:

O PS como vencedor das eleições legislativas de 20 de Fevereiro, com 46 por cento dos votos.

O PSD aparece em segundo lugar, com 31 por cento dos votos.

Perante estes resultados, o PS obteria 118 a 124 lugares no Parlamento, enquanto o PSD teria um grupo parlamentar de 80 a 84 deputados.

A CDU e o Bloco de Esquerda surgem com um empate técnico: sete por cento dos votos e seis a 10 deputados para cada força política.

O CDS/PP, por seu turno, alcançaria seis por cento dos votos, correspondentes a seis a 10 mandatos na futura Assembleia da República.


Aí está aquela que é provavelmente a sondagem com menor margem de erro feita para estas eleições legislativas. Sobretudo porque, é aquela que é feita a menos dias de os portugueses irem às urnas, o que pode significar uma menor percentagem de eleitores indecisos, logo uma maior certeza nas intenções de voto.

Eu por cá não acho este cenário mau de todo, até porque estes resultados dariam ao PS maioria absoluta, o que certamente ajudaria a evitar ou ultrapassar qualquer tipo de instabilidade política. Que, diga-se de passagem, já andamos fartos!

No entanto, sou, por princípio, adverso às maiorias absolutas. Do meu ponto de vista, à esquerda, devem ser feitos acordos, pelo menos parlamentares, já que de governação me parecem mais difícil, de condução de uma política que seja realmente progressista (que tenho dúvidas que este PS o faça) que rompa com os vícios do passado e que seja orientada para um modelo de sociedade moderna e de vanguarda (a Espanha dá, hoje, passos largos nesse sentido) à imagem das sociais-democracias nórdicas (não confundir com o Partido Social Democrata, o nosso PSD. Lá os partidos sociais democratas encontram-se em muitos casos à esquerda do próprio PS português. Equivalem-se a um PSOE por exemplo, que em muitas matérias está mais à esquerda do que o PS). Para tal, só vejo um modo deste cenário se tornar, pelo menos, parecido: evitar uma maioria absoluta do PS e dar o voto àqueles que, no meu entender representam, hoje, uma esquerda de futuro e um futuro de esperança e modernidade para Portugal. É neles que vou votar. E não digo quem são porque o voto é secreto.


2 Comments:

Anonymous Anónimo diz...

Eu ainda não sei em quem vote... O Louçã não me convence. Mas enfim... No DOmingo logo vejo!

Quanto a este cenário: espero que não haja maioria absoluta, porque isso faria o PS governar mais ao centro, com os interesses de direita a serem bastante privilegiados. Uma maioria relativa, e com estes votos para a CDU e BE, "obrigam" o PS a governar mais à esquerda. Ou seja, a acordos com estas duas forças políticas, devendo, por isso, viabilizar políticas sociais propostas por tais partidos. Por isso vou votar, ou CDU ou BE. Por utilidade de voto à esquerda. O BE de Louçã não me convence, a CDU já todos sabem o que é.... Acho que só no Domingo é que me decido por um dos dois.

Cláudia

9:57 da manhã

 
Blogger sguna diz...

Boa Sorte! Bem que precisámos

11:50 da manhã

 

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