Merdas sérias, a brincar e assim assim. Uma janela para uma realidade que não tem, necessariamente, de ser a tua. Qualquer coisinha, já sabes, avisa.

sexta-feira, julho 30, 2004

«Este governo segue na mesma linha do anterior»

- Santana Lopes
 
 


Portugal arde. Enquanto isso temos mais submarinos. Que bom que é! O mar é nosso, a terra é do lume. Que bom que é!
E o que se faz de um ano para o outro meninos? Espera-se, com muita fé, que as temperaturas baixem.
Toca a rezar à Nossa Senhora.

Um milhão de caras

A «Million Faces Petition» é uma petição "visual" de três ONG's em conjunto -  a Amnistia Internacional,   a Oxfam e a IANSA - contra a proliferação de armas e visa a recolha de 1 milhão de caras (fotografias) para serem apresentadas em 2006 numa conferência mundial da ONU sobre o armamento. Esta petição, exige medidas concretas tais como um tratado global sobre o comércio de armamento. Se quiseres dar a cara por esta campanha segue aqui o link ou vai pelo site e aproveita para leres o resto.
 



quinta-feira, julho 29, 2004

O meu candidato

À margem do cinzentismo, do clientelismo, da cedência aos interesses dos mais poderosos e do lamaçal ideológico do centrão politico do PS que o empurram para a direita no que de mais conservador ela tem,  surge uma candidatura do socialismo democrático de dentro do partido, uma candidatura capaz de unir toda a esquerda numa só frente, uma lufada de ar fresco do PS ao Bloco de Esquerda passando pelos renovadores comunistas.

Uma candidatura que por afinidade ideológica, é a minha candidatura, é o meu candidato.

 

 


terça-feira, julho 27, 2004

E eu, não falo?

«Há hoje, quem defenda que o ataque japonês a Pearl Harbor pode ter sido consentido pelos americanos. Sendo Roosevelt um apoiante da intervenção, contava, no entanto, dentro dos EUA com uma forte oposição da opinião pública e do lobby pró alemão e enfrentara já uma derrota no senado quando propôs a entrada na Guerra àquela câmara. Com base nos dados da altura, sabe-se que existiam, na altura, informações suficientes que apontavam para um ataque eminente dos japoneses à base do pacífico. Se não veja: pouco antes do ataque os melhores barcos de guerra foram todos deslocados para outras bases.
Este ataque “surpresa” seria assim o pretexto ideal para legitimar aos olhos da opinião pública e do Senado uma intervenção directa na guerra ao lado dos aliados contra os países do eixo.»

Milan Rados, Prof. de Relações Internacionais, no meu exame oral de Política Externa dos Estados. 
 


Pensamento do Dia

"The significant problems we face cannot be solved at the same level of thinking we were at when we created them." - Einstein

sexta-feira, julho 23, 2004

Objectivo Universal da Política Externa: a Paz.

Não me ensinem tangas!

Sistema-Mundo: um regime fascista



Então a Assembleia das N.U. não representa (teoricamente) a opinião pública dos países do mundo?
É esse o pressuposto. Representar. E assim, não há prova mais evidente de que é o mundo que está enganado, não os três (Israel, EUA, Austrália) que votaram contra a resolução.
Tal como no Iraque quem estava enganado era o mundo, não os poucos que têm a verdade como certa. E que coincidência, não é que entre eles, também faziam parte estes três! É o mundo ás avessas.
Se o mundo fosse um Estado ele era um regime fascista com um parlamento fantoche que serve para nada e meia dúzia de donos trafulhas e o seu grande chefe a comandar as tropas.


Sobre a conduta de Israel

1.        Analisando o que nos rodeia hoje na cena internacional e mais especificamente no médio oriente, facilmente poderemos chegar a uma conclusão: Israel é hoje um Estado pária na cena internacional. A sistemática violação do Direito Internacional e o contínuo atropelo dos Direitos Humanos na Palestina conferem-lhe esse estatuto.
  
2.       O contínuo fechar de canais diplomáticos tem um só desfecho – o isolamento de um Estado na cena Internacional. Ora, o afastamento da EU do processo de Paz para o médio Oriente é per si uma machada no próprio processo de Paz, no sentido em que, embora não seja esta um gigante político, é (tendo em quanta as várias sensibilidades existentes dentro dela, uma opinião pública maioritariamente esclarecida e cada vez mais um respeito crescente no sistema mundo e na sua opinião pública), o actor político, que estaria em melhores condições (mais do que os EUA) de funcionar como o mediador que maiores garantias de entendimento daria.

3.       Desta forma, temo que estejamos perante um Estado que não queira a Paz.
Temo também que hajam Estados que precisam da guerra para viver, para se legitimarem internamente com um só fim – a manutenção do poder. A qualquer custo. Nem que para isso desencadeiem o caos.

A Nau Catrineta

Lá vem a Nau Catrineta
Que tem muito que contar
São Paulo Portas à proa
Santanás a comandar

Ouvi agora senhores
Uma história de pasmar
D. Bagão conta o pilim
D. Morais trata das velas
D. Guedes limpa com VIM
Tachos, pratos e panelas

D. Pereira na enfermaria
Conta pensos e emplastros
E o D. António Mexia
Põe vaselina nos mastros

D. Durão deu à soleta
Enjoou de andar à vela
E Santa Manuela Forreta
Largou-os sem lhes dar trela

Aflito El-Rei Sampaio
Com estas novas tão más
Disse aos bobos de soslaio
Chamai lá o Santanás

Aqui estou meu Senhor
Vós mandasteis-me chamar?
Soube agora desse horror
D. Durão vai desertar?

Cala-te lá meu charmoso
Não me lixes mais a vida
Troco um cherne mal-cheiroso
Por um carapau de corrida?

Pobre da Nau Catrineta
Já lamento a tua sorte
Esta marinhagem da treta
Nem sabe onde fica o Norte

Parece que já estou vendo
Em vez de descobrir mundo
Ao primeiro pé de vento
Espetam com o barco no fundo

Ou então este matraque
Com pinta de Valentino
Gasta-me a massa do saque
Nas boîtes do caminho

Não se aflija meu Rei
Que agora vou assentar
Pois depois do que passei
Cheguei onde quis chegar

E por aquilo que passei
Aqui ninguém nos escuta
Eu quero mesmo é ser Rei
E vamos embora à luta

 
Autor desconhecido

Movimentos Perpétuos


Carlos Paredes (1925-2004)

 Há qualquer coisa naquela guitarra que me invade de uma emoção como poucas outras coisas. É, quando a ouço (como agora), o espelho da pureza reflectido no mais íntimo do Sentir.
Quem a descobre, tem aquela sensação de não conhecer nada tão bonito, tão em harmonia. Descobre poemas de som, histórias cantadas, gritos de revolta e paixão, lágrimas que saem pelo dedilhar Do guitarrista, daquele que é (foi), sem dúvida o maior de sempre da guitarra portuguesa, um dos símbolos máximos da nossa cultura e orgulho.
Que descanse em Paz.

Uma (muito) breve biografia, aqui.

Israel exclui União Europeia do processo de paz no Médio Oriente

"Israel colocou hoje a União Europeia à margem do processo de paz no Médio Oriente, depois de a UE ter apoiado a resolução palestiniana na ONU sobre o muro de separação. Esta tomada de posição acontece no momento em que o alto representante para a Política Externa da UE, Javier Solana, se desloca a Israel.

A resolução foi apresentada por um grupo de países maioritariamente árabes ou muçulmanos. Israel, Estados Unidos e Austrália votaram contra. A UE votou unanimemente a favor do texto."

AFP, PUBLICO.PT - 23/07/04


Não há tempo para uma segunda resolução, ou deita abaixo o muro ou é guerra!!! - Esqueci-me, estes gajos não têm petróleo e nós (UE)ladramos mas não mordemos!

Perseguição

Ninguém mostre isto ao Melga - clica aqui

quinta-feira, julho 22, 2004

Masoquismo

Simply the best

Urbis

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Galeria de arte, nada mal!

Madchester II

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Este não parece mas é o rio Leça cá do sitio!

quarta-feira, julho 21, 2004

'Mr Nobody' lá no cantinho

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No Finacial Times, chamam-se os bois pelos nomes.
 

Enjaulados é que eles estão bem

A Assembleia-Geral da ONU aprovou, por esmagadora maioria, uma resolução exigindo que o Estado hebraico derrube o controverso muro, conforme deliberação do Tribunal Internacional de Justiça.

No entanto, um alto responsável israelita afirmou que construção do muro  é para seguir em frente, apesar da resolução aprovada.


Em época de vacas magras...

«Santana deixa dívida de cem milhões a fornecedores na Câmara de Lisboa»

... este senhor pôde gastar a seu belo prazer enquanto os outros apertavam cada vez mais o cinto. No fim o que ficou de "obra" feita?
                                                            -Nada, zero!
É isto o que se espera de quem nos governa hoje:  
                                                              show off e muito pouco conteúdo.

Foi à 35 anos...

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-"Agora vou fechar parcialmente a escotilha; quero ter a certeza de que não ficamos trancados do lado de fora."

-"Ora aí está uma boa ideia!" - disse Armstrong a Buzz Aldrin

Foram estas as primeiras palavras do segundo homem a pisar a superfície da Lua à 35 anos atrás.

Suponho que naquele dia toda a gente sentia um optimismo em relação ao futuro e até onde podíamos ir. Pergunto eu: é este, o presente, o resultado desse optimismo. É este o mundo que se queria? Espero que não. Se queremos algo bem feito, temos que ser nós a fazê-lo!

terça-feira, julho 20, 2004

MÁGICO

18-19/07/04



Foi assim que disseram - mágico... que bonito, snif, snif!!!

Alvorada às 3 da matina!

Solestício de Verão, olhei para a janela e já se via o céu, olhei para o relógio e eram três da manhã.


Grande Vaca



Aqui está um exemplo da Manchester Cow Parade; não percebo a razão do evento, pois vacas nunca faltaram...

Madchester



Rio pela cidade



Aproveitamento de edíficios degradados??? Não sei o que isto é, mas não aparece todos os dias.



The Arcade - Centro comercial victoriano

Esta é a minha primeira tentativa de fotografar Manchester. Espero que gostem. Se não gostarem, também não me importo muito! Matosas for ever!!!


Após a Euforia do futebol...

... Reality Check!
 
Vítor Constâncio: Portugal está longe da convergência com a média da União Europeia 

Lusa

Mesmo com um crescimento de três por cento, Portugal apenas atingiria a actual riqueza média da União Europeia em 2014, afirmou o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio.

in Público - 20/07/04

 

Isto é que é importante; se nos mobilizássemos para pôr o País a andar para a frente como para o futebol, a taxa de crescimento PIB potencial não seria só 2% ano. Mas quando assim é, quando o mais importante são 22 "macacos" atrás de uma bola, temos o que o merecemos!

 



O velho e o nosso novo primeiro!




 
A crise de uma referência para este cargo continua. Quem saiu... sem comentários! Quem entra... Santana Flopes, basta ver acima. Alternativa, o gajo aqui debaixo???

Como alguém disse uma vez, e sou obrigado a concordar cada vez mais, os últimos Portugueses de jeito sairam do país à 500 anos atrás!

quinta-feira, julho 15, 2004

Sócrates (candidato a) líder do PS



Este PS, será de alternância ou de alternativa?

terça-feira, julho 13, 2004

Até tu Brutus?

«(...)Mas pior foi ter feito crer que despachar uns ministérios para fora de Lisboa seria uma grande medida de descentralização. Ora cheirar a vacas no gabinete do ministro da Agricultura ou verem-se inglesas torradas pelo sol da janela do secretário de Estado do Turismo não faz deles melhores governantes nem corresponde a nenhuma real descentralização. A centralização é a mesma enquanto tudo tiver de ir ao gabinete do ministro, esteja ele no Terreiro do Paço ou na Foz do Douro. E a descentralização só o será quando esse ministro transferir poder para instâncias descentralizadas, e isso pode fazer-se a partir de Lisboa ou de Marte.

Ter surgido com tais ideias é, contudo, sintomático: Santana vive dos títulos dos jornais e das frases que passam em rodapé nas televisões. Por isso terá, todos os dias, uma ideia para ocupar esses espaços, ideia de que se esquecerá tão depressa como os eleitores, pois a ideia de cada dia serve para fazer esquecer a do dia anterior. É também dessa massa que se faz o populismo.»
José Manuel Fernandes no Público de hoje.

Alguém quer salvar o planeta?

Então juntem-se a estes gajos!!!

segunda-feira, julho 12, 2004

Estava eu a fazer compras na net quando...

No questionário para o pagamento, aparece a seguinte pergunta:

"Q4. Will the product(s) be used in connection with weapons of mass destruction, i.e. nuclear applications, missile technology, or chemical or biological weapons purposes?"

Yeah, like I would tell you!!!

Sim, a companhia era americana!

11-12/07/04

SUCCESS

Santana no Financial Times

«A new conservative govern-ment led by a controversial populist is to take office in Portugal(...)»


Bartoon, de Luís Afonso

sábado, julho 10, 2004

Do que um homem é capaz

Do que um homem é capaz
As coisas que ele faz
P'ra chegar aonde quer
É capaz de dar a vida
P'ra levar de vencida
Uma razão de viver

A vida é como uma estrada
Que vai sendo traçada
Sem nunca arrepiar caminho
E quem pensa estar parado
Vai no sentido errado
A caminhar sozinho

Vejo gente cuja vida
Vai sendo consumida
Por miragens de poder
Agarrados a alguns ossos
No meio dos destroços
Do que nunca hão-de fazer

Vão poluindo o percurso
Co' as sobras do discurso
Que lhes serviu pr' abrir caminho
À custa das nossas utopias
Usurpam regalias
P'ra consumir sozinho

Com políticas concretas
Impõem essas metas
Que nos entram casa dentro
Como a Trilateral
Co' a treta liberal
E as virtudes do centro

No lugar da consciência
A lei da concorrência
Pisando tudo p'lo caminho
P'ra castrar a juventude
Mascaram de virtude
O querer vencer sozinho

Ficam cínicos, brutais
Descendo cada vez mais
P'ra subir cada vez menos
Quanto mais o mal se expande
Mais acham que ser grande
É lixar os mais pequenos

Quem escolhe ser assim
Quando chegar ao fim
Vai ver que errou o seu caminho
Quando a vida é hipotecada
No fim não sobra nada
E acaba-se sozinho

Mesmo sendo os poderosos
Tão fracos e gulosos
Que precisam do poder
Mesmo havendo tanta gente
P'ra quem é indif'rente
Passar a vida a morrer

Há princípios e valores
Há sonhos e há amores
Que sempre irão abrir caminho
E quem viver abraçado
À vida que há ao lado
Não vai morrer sozinho
E quem morrer abraçado
À vida que há ao lado
Não vai viver sozinho

José Mário Branco
in Resistir é Vencer

São homens como este que fazem falta à politica



A partir de agora, o PS, por vontade própria, fica órfão da Esquerda como infelizmente tanto gosta de ficar. Confuso, está pronto para ser assaltado por aqueles que de bico calado nesta crise, cantaram vitória com a decisão do PR. Os abutres.
Eu por mim, não apoio, nem simpatizo, nem muito menos voto num PS menos à esquerda do que o do Ferro Rodrigues.

Aos pouco vamos perdendo o que de melhor temos


Maria de Lourdes Pintasilgo (1930 - 2004)


«Percorremos, durante as últimas semanas. a grandeza e a desconfiança de nós próprios, o entusiasmo e a suspeita de não chegarmos lá, a duvida entre a verdade límpida e as efabulações construídas e encenadas. Estas atitudes atravessaram em saltos de rã cada vez mais nítidos, todos os acontecimentos de que fomos parte. E o que disseram?
Antes de tudo o mais, de que somos capazes do melhor. Somos capazes de emendar o que não esteve bem. Vivemos com a paixão o que nos envolve. Deixamos que fale o que em nós nem palavras tem. No meio de uma luta sem tréguas, somos capazes de gesto de ternura que diz os laços que nos ligam – no campo e fora dele. (...)
(...) Como lidar com a esperança e a desilusão? Como continuar hoje o que ontem não foi possível? (...)»

in Visão nº592

Hoje a democracia pintou-se de preto

Shame on you!



Hoje, Jorge Sampaio, atraiçoou todos aqueles que o ajudaram a ser eleito Presidente de Republica.
Hoje fui traído.

sexta-feira, julho 09, 2004

O apoio que falta à esquerda

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terça-feira, julho 06, 2004

Big Brother is watching you



Terra de Homens livres.

LÁGRIMAS DE CROCODILO

«O presidente Uribe Velez, da Colômbia, apareceu em noticiários de televisões europeias derramando lágrimas pela morte de camponeses do seu país. Apelando à solidariedade das democracias da União Europeia, acusou as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC-EP) de ter assassinado 34 pacíficos agricultores quando eles trabalhavam nas suas terras.
Estamos perante mais uma calúnia de Uribe, empenhado no momento em obrigar o Congresso a aprovar uma emenda constitucional que permita a sua reeleição.
Os "camponeses" eram, na realidade, membros de um grupo paramilitar responsável pelo assassínio de aldeões do Departamento de Norte de Santander. Um destacamento das FARC atacou o bando armado em Tibú, precisamente numa plantação de coca explorada por organizações paramilitares. Os mercenários, bem armados, foram abatidos em combate.
Mas a mentira logo correu pelo mundo e a imprensa portuguesa divulgou-a.»

in, resistir.info

Todos para o Fundão...

"A Câmara Municipal do Fundão anunciou hoje a atribuição dos primeiros subsídios à fixação de população jovem no concelho, apoiando dois casamentos e seis nascimentos.

Os dois matrimónios, cujos casais vão ser apoiados com dois mil euros cada, realizaram-se na freguesia de Silvares."

in Público - 06/07/04

Primeiro o poder depois as eleições

"não vamos obrigar as pessoas a aturar outra campanha" Santana Lopes

Esta coisa da Democracia é uma chatice!

E ainda por cima os dois anos que faltam para o fim do mandato, podem ser utilizados para fazer campanha eleitoral à pala do orçamento de Estado, ou seja, à tua pala. Do tipo: outdoor gigante, aparecer na televisão, dar entrevistas, ir ao Moda Lisboa, aparecer na televisão, equipas de brasileiros de Marketing politico, aparecer na TV, umas obras tipo Parque Mayer e aparecer na televisão.

Isto é só vantagens sem eleições.

Ele já pensa no seu governo com o PP. Ele já sabe que vai ser 1º minístro.

"Penso que o meu Governo, que irei formar com o CDS..." Santana Lopes


Quando eu morrer voltarei para buscar Os instantes que não vivi junto do mar.
Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, julho 05, 2004

Assina a petição

Esta petição, exige eleições antecipadas. Já conta, no momento, com mais de 1600 assinaturas.

Na praia...



A sonda Cassini-Huyguens continua a mandar imagens espectacular, mas esta última é um tanto ó quanto suspeita!!!

É deles a taça II...

Eles marcaram, nós não.´

É FODIDO!!!

É deles a taça



Os gregos, com aquele joguinho ranhoso, lá nos fizeram engolir um sapo tão grande como o orgulho em ser português por altura da passagem de Portugal à final. É assim a vida.

Portugal doente bipolar?



A euforia das vitórias de Portugal no Euro deu hoje, quando o árbitro apitou para fim do jogo, lugar a (mais) um estado depressivo nos portugueses. É assim. Tão depressa se está feliz a transbordar como triste e a chorar. (até rimou)

Agora sim, quando esmorece o patriotismo, é motivo para cá por uma bandeirita nacional.

domingo, julho 04, 2004

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição
Onde tudo nos quebra e emudece
Onde tudo nos mente e nos separa


Sophia de Mello Breyner Andresen
(1919 - 2004)

sexta-feira, julho 02, 2004

Após sete anos através do sistema solar a sonda Cassini-Huygens Saturn envia as primeiras imagens de Saturno



quinta-feira, julho 01, 2004

Há uma forte hipótese

«(...)Se Durão Barroso aproveitar o facto de ocupar a presidência da Comissão Europeia para fazer pela Europa o mesmo que fez pelo país, há uma forte hipótese de, dentro de pouco tempo, a Europa estar na cauda de Portugal. »

A oposição a tentar tirar dividendos políticos

1. Esta crise política foi completamente inesperada.(...) : deveu-se a uma decisão de um homem, que introduziu efeitos de profunda perturbação na vida política portuguesa. O homem foi-se embora, os efeitos estão connosco.(...)

8. (...)Eu não votei nas últimas legislativas no Governo que aí vem. Eu não votei nas últimas legislativas numa coligação PSD-PP, muito menos num governo PPD-PP. Eu não apoiei Durão Barroso para me sair Santana Lopes. O voto, mesmo para os intelectuais e “comentaristas”, como se diz agora com desprezo, não tem nenhuma sofisticação especial. O voto, aliás, tem essa virtude de ser simples e inequívoco, uma escolha. E eu, como muita gente no PSD e no país, nunca fiz a que agora me querem impor. Este é o “golpe de Estado” de que fala Manuela Ferreira Leite. Tem a ver com a substância, não com os estatutos.

9. Qual é o problema de Santana Lopes?(...)

10. (...)A palavra “populismo” é correcta para caracterizar a sua acção política, embora ela já seja usada de forma tão genérica que parece que são populistas todos os que ganham eleições. O seu populismo vê-se no conjunto de toda a sua acção política, desde a Secretaria de Estado da Cultura e nas funções políticas e autárquicas que exerceu, e quase sempre com os mesmos resultados: pouca obra, muito espectáculo, clientelas pessoais dedicadas, alimentadas com benesses dirigidas a alvos muito específicos, de preferência escolhendo sectores mais vocais (como no caso do teatro), habilidade comunicacional associada a um investimento muito cuidado na comunicação social, no marketing, na publicidade, nenhuma correlação entre o dinheiro gasto e a obra realizada. No meio de tudo isto, uma forte personalização da acção política, apoiada essencialmente na televisão, onde Santana Lopes sabe que os “apareçómetros” são transformados em “barómetros”.

11.O problema do populismo é que gera mau governo. Os populistas governam mal, e não é por razões conjunturais, é por razões estruturais: o seu populismo impele-os para políticas espectaculares, pouco consistentes e normalmente caras. Um exemplo típico do que estou a dizer é o caso do Parque Mayer, onde todos os defeitos de uma governação populista emergem com clareza. Santana Lopes prometeu em campanha que iria renovar o parque Mayer e devolvê-lo à cidade, assente num investimento no teatro de revista, destinado a “salvá-lo” da extinção. Pode-se pôr em causa o gosto de Santana Lopes por uma forma de teatro popular, que conheceu um processo de decadência natural e de mudança de públicos, ou de novo a lógica clientelar no teatro, mas não é preciso sequer ir por aí.

12. A sucessão do que se passou diz tudo sobre o “modus operandi” de Santana Lopes. Em Março de 2002, garantia ao “Correio da Manhã” que o “Parque Mayer estará a funcionar em Agosto”. Depois, nesse Setembro, com base no projecto do arquitecto Norman Foster, que haveria um novo Parque Mayer em 2004. Depois, apareceu a hipótese do jogo, do casino, e novo anúncio em Outubro de que as obras começariam em Dezembro de 2002. Depois, começou a saga do casino. O casino pagaria a renovação do Parque Mayer, mas depois verificou-se que havia mil e uma dificuldades urbanísticas e legais. O casino afinal ia ser “enterrado” no parque, em Fevereiro de 2003, e iria para o Cais do Sodré em Abril de 2003, e depois para a Feira Popular. Saliente-se que grande parte destes anúncios, com títulos de caixa alta, é do próprio Santana Lopes. Ainda não está em lado nenhum.

13. De repente, e num gesto muito típico do populismo, Santana Lopes tira do bolso a decisão de ir buscar o arquitecto Frank Ghery. Como dizia a “Visão”, Ghery foi o “pacificador” e os nossos intelectuais e artistas calaram-se, como habitualmente acontece quando se gasta dinheiro e se fazem coisas emblemáticas do seu (deles) valor simbólico. Em finais de 2002, Santana anuncia a contratação de Frank Ghery e o projecto para Maio de 2003. Ninguém fez a pergunta óbvia: onde é que se ia buscar dinheiro? Se tivessem ido ao Guggenheim de Bilbau, mesmo que fosse só de fora, teriam alguma dúvida de que as espectaculares esculturas urbanas do arquitecto seriam outra coisa que caríssimas? Em Abril de 2003, já o que se sabia do projecto de Ghery contrariava tudo o que fora dito, e as promessas inicias de Santana Lopes. Já os teatros afinal podiam ir para a Feira Popular, o Casino idem. “Custos elevados do projecto impedem a fixação de lojas e escritórios”, escrevia a “Capital”. Depois, finalmente, descobriu-se que o projecto de Frank Ghery era caro. Em Outubro de 2003, titula a “Capital” “Santana Lopes sem dinheiro para arquitecto”. Hoje, em Junho de 2004, continua tudo bloqueado.

14. Tudo o que caracteriza uma política populista está aqui retratado: decisões pessoais erráticas, apoiadas mais na necessidade de fazer anúncios à imprensa ou contrariar opositores do que no estudo dos problemas, encomendas apressadas, mudanças de última hora, encravamento geral de todo o processo por falta de atenção às condições legais e financeiras. Alguém tem uma ideia de quanto tudo isto já custou ao Município de Lisboa, sem qualquer resultado palpável? Certamente muitos milhões. O resultado vai ser a mais cara fotografia jamais feita em Portugal, a que ilustra o livro de Santana Lopes sobre a “cultura”, Santana Lopes e Ghery mudando Lisboa. É assim que eu não quero que Portugal venha a ser governado. É assim que o será? Não sei. Está escrito nas estrelas.


Confesso que jamais me passaria pela cabeça algum dia pensar que poderia vir a concordar com meia dúzia de parágrafos escritos pelo Pacheco Pereira, tirando aqui e ali, algumas ideias pontuais, acho que é a primeira vez que concordo com tanto texto escrito por ele.
É. Foi mesmo ele que escreveu isto.

Pensamento do dia

"Leio a Playboy pela mesma razão que leio a National Geographic:

Gosto de ver fotografias de lugares que sei que nunca vou visitar."