Merdas sérias, a brincar e assim assim. Uma janela para uma realidade que não tem, necessariamente, de ser a tua. Qualquer coisinha, já sabes, avisa.

sexta-feira, abril 29, 2005

Imagens do outro mundo


SPM

These images, taken by the High Resolution Stereo Camera (HRSC) on board ESA’s Mars Express spacecraft, show the 'chaotic' terrain of the Aureum Chaos region on Mars.

Ahahahahahahahaahahahahahah

Amigo violado em sexo oral

É a primeira mulher a ser condenada por estupro na Noruega. Um tribunal da cidade de Bergen considerou que a jovem arguida fez sexo oral com o queixoso contra a sua vontade e condenou-a a nove meses de prisão e ao pagamento de uma indemnização de quase cinco mil euros.

in Correio da Manhã

Há mulheres capazes de tudo, coitadinho do gajo. Vai ficar traumatizado para a vida toda! Imaginem se ela tinha mau hálito, ou os dentes sujos? Estou perturbado! Estupefacto...

quinta-feira, abril 28, 2005


Quando o prof n�o aparece IV
SPM


Quando o prof não aparece II
SPM


Quando o prof não aparece 1
SPM

quarta-feira, abril 27, 2005

Voar!


SPM

O maior pássaro do mundo já voa! Aqui fica o registo! Os meus parabéns a todos que trabalharam neste projecto!!!

Levantar


SPM

Preparar


SPM

terça-feira, abril 26, 2005

Transgénicos

O advogado José Sá Fernandes apresentou recentemente um procedimento cautelar, com vista a obter do governo a suspensão do cultivo de milho transgénico em Portugal.

A acção judicial, realizado em nome das associações que compõem a Plataforma Transgénicos Fora do Parto,constitui uma resposta a um decreto-lei que efectivamente legaliza a contaminação generalizada por transgénicos da agricultura portuguesa, impedindo ao mesmo tempo que os agricultores se protejam através da criação de zonas livres de transgénicos e invertendo o princípio do poluidor-pagador ao passar os custos de controle da contaminação (que podem subir até 41% acima do normal) para os produtores que não empregam esta tecnologia.

Os produtos transgénicos, para além de todas as dúvidas existentes em torno dos seus impactos na sáude dos consumidores, constituem uma autêntica ameaça à soberania dos povos, pois eliminada a concorrência da agricultura tradicional (e mais saudável), toda a alimentação passará a depender das condições ditadas pelos donos das patentes agrícolas.


in Indymedia


Como Portugal ou empresas portuguesas detêm inumeras dessas patentes, isso para nós é muito bom!!! Depois peçam mais subsídios.

segunda-feira, abril 25, 2005

O meu Big Brother

Dia 1: Jo começa logo por dizer que não gosta do aspecto de Tiazinha. Acha que ela tem tipo de lésbica. Na verdade, Pamela é a única lésbica assumida dentro da casa (sendo que, muito a custo, Abelha também admite que se sente algo inseguro relativamente às suas preferências sexuais).

Dia 2: Os residentes reúnem-se para decidir quem faz o quê dentro da casa. Primo cria alguma tensão ao defender que a cozinha é para as mulheres. Marisa Cruzes acerta-lhe com um(a) Cutelo.

Dia 3: O Big Brother comunica aos residentes a sua primeira tarefa: terão de construir uma réplica à escala do(a) «Torre dos Clerigos» com Abobora. Depois de muito insistir, Primo consegue convencê-los a apostar metade do orçamento da semana.

Dia 4: A réplica do(a) «Torre dos Clerigos» está francamente atrasada. O pior é quando se descobre que Abelha (que rapidamente está a ganhar fama de ser o maior calão à face da Terra) comeu sozinho metade de todo o stock de Abobora existente na casa. Marisa Cruzes está furiosa.

Dia 5: Acaba hoje o prazo para o(a) «Torre dos Clerigos» estar pronto(a). Estava tudo a correr bem até ao momento em que Abelha se «descuidou» e atirou o(a) «Torre dos Clerigos» abaixo. O Big Brother anuncia que a prova não foi superada. Tiazinha chora.

Dia 6: Primo é bicado num braço por uma das galinhas do Big Brother. Não, não é um dia particularmente excitante.

Dia 7: O Big Brother está uma seca, e a Produção decide pôr todos os residentes a falar de sexo. Depois de alguns copos a mais, Tiazinha admite que gosta que lhe batam no rabo com um(a) Cutelo. Jo diz que nunca usa camisinha, porque fica com dor de Dedos dos pes. Primo concorda. Pamela acusa todos os outros residentes de não fazerem ideia do que é um verdadeiro orgasmo, por serem uns estupores de uns heterossexuais chatos como a potassa e sem um pingo de imaginação. Abelha senta-se sozinho a um canto, sem conseguir tirar os olhos de Primo.

Dia 8: É a primeira vez que os residentes têm de nomear alguém para sair da casa. Jo falou com todos os residentes em particular, e a todos disse que «gosto de ti e és a única pessoa com quem sinto alguma afinidade, 'tás a ver?». Marisa Cruzes e Tiazinha são nomeadas para sair. Ninguém votou no Jo.

Dia 9: Marisa Cruzes e Tiazinha recebem a notícia da sua nomeação e desfazem-se em lágrimas. Depois começam a abraçar toda a gente e a dizer-lhes como os adoram. Pamela canta «Chama o Antonio» para as animar.

Dia 10: O público vota em Tiazinha para a expulsar da casa. Ela começa por fazer de conta que a decisão não a afectou. O disfarce dura um segundo. Logo a seguir, chora baba e ranho, e conclui que nunca devia ter admitido que gostava de apanhar. Tiazinha abandona a casa.

Dia 11: O ambiente na casa está pesado. Os residentes ainda estão a digerir a saída de Tiazinha. Entretanto, o orçamento para as refeições é apertado, por causa da tarefa da semana passada que ficou por cumprir. Pamela tem de passar sem os pepinos que tinha pedido à Produção. Marisa Cruzes está visivelmente deprimida. Primo oferece-lhe carinho e conforto... e tenta mexer na(o) Orelhas dela.

Dia 12: O Big Brother exibe incessantemente as imagens de Primo mexendo na(o) Orelhas de Marisa Cruzes, por se tratar de um interessantíssimo fenómeno do foro psicológico (e não porque tenha qualquer coisa a ver com audiências). Entretanto, há uma nova tarefa para os residentes: agora terão de correr numa passadeira rolante uma distância equivalente a duas voltas à Terra. Eles apostam 40% do seu orçamento.

Dia 13: A prova decorre dentro dos prazos estabelecidos, apesar de Abelha se recusar a participar, com uma alegada dor de Dedos dos pes.

Dia 14: A casa está em festa depois da prova da passadeira rolante ter sido superada. Abelha correu os últimos 10 metros do percurso, e diz a todos que se não fosse ele nunca teriam conseguido. Marisa Cruzes insulta Abelha, chamando-lhe calão e cara de Dedos dos pes.

Dia 15: É outra vez dia de nomeações. Jo diz a todos os residentes estar convencido que Marisa Cruzes é uma prostituta contratada pela Produção. E diz-lhes também que, já agora, quando o Big Brother acabar, se lhe quiserem fazer uma visita, põe o seu apartamento ao dispôr, para o que for preciso. Marisa Cruzes e Primo são nomeados. Ninguém votou contra o Jo.

Dia 16: As nomeações são anunciadas. Marisa Cruzes não quer acreditar que a tenham nomeado pela segunda semana consecutiva. Primo está igualmente abalado, e procura conforto em Marisa Cruzes. Abelha confessa a Pamela que talvez esteja apaixonado por Primo. Pamela responde-lhe que, ao contrário, não gosta particularmente de nenhum dos residentes: são todos «certinhos» demais para o seu gosto.

Dia 17: O público vota em Primo para abandonar a casa. E só então Marisa Cruzes admite que gostava dele. Como prova da sua afeição, oferece a Primo alguns pêlos da(o) Orelhas. Abelha está inconsolável, mas guarda os pêlos. Primo abandona a casa.

Dia 18: O Big Brother mostra repetidamente as imagens de Marisa Cruzes no momento em que cortava os pêlos da(o) Orelhas. Alegadamente, é um interessantíssimo fenómeno do foro psicológico, e o público parece concordar, porque as audiências nunca foram tão altas.

Dia 19: O Big Brother tem uma nova tarefa para os residentes. Alguém terá de arrotar o Hino Nacional de Burundi durante um minuto. Eles apostam metade do orçamento.

Dia 20: Ninguém faz ideia de como seja o Hino Nacional de Burundi, mas o Abelha garante que é muito parecido com o «Dancing Queen», dos Abba. Os residentes designam Jo para cumprir a tarefa.

Dia 21: Jo consegue arrotar com estrondoso sucesso não só o Hino Nacional de Burundi como ainda «A Portuguesa», o «Chama o Antonio» e o genérico de(o) Big Show SIc. Jo é promovido a herói, apesar das sondagens de um jornal que garantem que 98% das pessoas preferiam vê-lo morto.

Dia 22: Dia de nomeações. Jo diz a toda a gente que tem uma casa no Sul de França e que nas próximas férias estão todos convidados. Abelha e Pamela são nomeados.

Dia 23: Abelha e Pamela encaram saudavelmente as suas nomeações, e sentam-se com Jo e Marisa Cruzes a conversar sobre quem terá votado em quem. Jo mantém-se calmo, mas Marisa Cruzes acusa Abelha de ser um estupor de um egoísta, cara de Dedos dos pes, pretencioso, arrogante e calão, e desata a chorar convulsivamente.

Dia 24: O público vota em Pamela para abandonar a casa. Ninguém se importa. Pamela sai.

Dia 25: Jo é o primeiro residente apanhado a masturbar-se à frente das câmaras. A cena passa no Big Brother Extra da manhã, da tarde e da noite, com uma psicóloga a explicar a importância de tais imagens, na medida em que só elas permitem entender em pleno a forma de pensar de Jo e a sua verdadeira personalidade. Por outras palavras, o gajo é tarado.

Dia 26: O Big Brother dita aos últimos três residentes a sua próxima tarefa: terão de acarretar 5000 toneladas de bostas de Hipopotamo usando apenas um(a) Cutelo. Jo está inseguro, mas Abelha garante-lhe que não é tão difícil como isso, e que até já fez algo de muito semelhante quando era mais novo. Os residentes apostam metade do seu orçamento em como conseguem cumprir a tarefa.

Dia 27: Quando nada o fazia esperar, Abelha desfaz-se em lágrimas e anuncia a sua intenção de abandonar a casa. A custo, Abelha acaba por explicar que a tarefa de bosta que lhes foi atribuída reavivou um trauma de infância relacionado com um(a) Hipopotamo. Marisa Cruzes tenta convencê-lo a ficar, mas Jo deixa-se ficar a um canto, esfregando as mãos de contentamento. Abelha sai da casa.

Dia 28: Restando apenas dois residentes na casa, a tarefa da bosta de Hipopotamo tornou-se impossível de cumprir. Falhada a tarefa, vingam-se da Produção com os mais variados impropérios, enquanto tentam embebedar-se com o «vinho vegetal» que Marisa Cruzes fez com duas cenouras moles que encontrou no jardim.

Dia 29: É o último dia de nomeações. Jo pede Marisa Cruzes em casamento e ela aceita. Não há qualquer surpresa quando Jo nomeia Marisa Cruzes para abandonar a casa. O facto de Marisa Cruzes fazer o mesmo é ainda menos surpreendente.

Dia 30: Quando as nomeações são anunciadas, Marisa Cruzes aceita a sua derrota com toda a naturalidade, e declara Jo justo vencedor desta edição do Big Brother. Como estão para se casar em breve, ela deixa-se levar para a cama. O acontecimento é transmitido em directo pela televisão e pela Internet e é precedido por um discurso do Presidente da República. Toda a equipa de Produção suspira de alívio enquanto as audiências estouram violentamente todos os recordes anteriores. Logo a seguir, Jo foge com os seus 20 mil contos para o(a) Burundi. E ninguém, nem mesmo Marisa Cruzes, volta a pôr-lhe a vista em cima.

As Portas Que Abril Abriu




José Carlos Ary dos Santos

Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais feliz
dos povos à beira-terra.

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza.

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raíz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinhiero estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos dos passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

Ali nas vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
vivia um povo tão pobre
que partia para a guerra
para encher quem estava podre
de comer a sua terra.

Um povo que era levado
para Angola nos porões
um povo que era tratado
como a arma dos patrões
um povo que era obrigado
a matar por suas mãos
sem saber que um bom soldado
nunca fere os seus irmãos.

Ora passou-se porém
que dentro de um povo escravo
alguém que lhe queria bem
um dia plantou um cravo.

Era a semente da esperança
feita de força e vontade
era ainda uma criança
mas já era a liberdade.

Era já uma promessa
era a força da razão
do coração à cabeça
da cabeça ao coração
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas tabém tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Esses que tinham lutado
a defender um irmão
esses que tinham passado
o horror da solidão
esses que tinham jurado
sobre uma côdea de pão
ver o povo libertado
do terror da opressão.
Não tinham armas é certo
mas tinham toda a razão
quando um homem morre perto
tem de haver distanciação
uma pistola guardada
nas dobras da sua opção
uma bala disparada
contra a sua própria mão
e uma força perseguida
que na escolha do mais forte
faz com a que a força da vida
seja maior do que a morte.
Quem o fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.
Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.
Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.

Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.
Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
- pode nascer um país
do ventre duma chaimite.
Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
- é a força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.
Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
E então por vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
desceram homens sem medo
marujos soldados "páras"
que não queriam o degredo
de um povo que se separa.
E chegaram à cidade
onde os monstros se acoitavam
era a hora da verdade
para as hienas que mandavam
a hora da claridade
para os sóis que despontavam
e a hora da vontade
para os homens que lutavam.
Em idas vindas esperas
encontros esquinas e praças
não se pouparam as feras
arrancaram-se as mordaças
e o povo saiu à rua
com sete pedras na mão
e uma pedra de lua
no lugar do coração.
Dizia soldado amigo
meu camarada e irmão
este povo está contigo
nascemos do mesmo chão
trazemos a mesma chama
temos a mesma razão
dormimos na mesma cama
comendo do mesmo pão.
Camarada e meu amigo
soldadinho ou capitão
este povo está contigo
a malta dá-te razão.
Foi esta força sem tiros
de antes quebrar que torcer
esta ausência de suspiros
esta fúria de viver
este mar de vozes livres
sempre a crescer a crescer
que das espingardas fez livros
para aprendermos a ler
que dos canhões fez enxadas
para lavrarmos a terra
e das balas disparadas
apenas o fim da guerra.
Foi esta força viril
de antes quebrar que torcer
que em vinte e cinco de Abril
fez Portugal renascer.

E em Lisboa capital
dos novos mestres de Aviz
o povo de Portugal
deu o poder a quem quis.
Mesmo que tenha passado
às vezes por mãos estranhas
o poder que ali foi dado
saiu das nossas entranhas.
Saiu das vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
onde um povo se curvava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua prórpia pobreza.
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe.
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu.
Essas portas que em Caxias
se escancararam de vez
essas janelas vazias
que se encheram outra vez
e essas celas tão frias
tão cheias de sordidez
que espreitavam como espias
todo o povo português.
Agora que já floriu
a esperança na nossa terra
as portas que Abril abriu
nunca mais ninguém as cerra.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo de mês de Junho.
Quando o povo desfilou
nas ruas em procissão
de novo se processou
a própria revolução.
Mas era olhos as balas
abraços punhais e lanças
enamoradas as alas
dos soldados e crianças.
E o grito que foi ouvido
tantas vezes repetido
dizia que o povo unido
jamais seria vencido.

Contra tudo o que era velho
levantado como um punho
em Maio surgiu vermelho
o cravo do mês de Junho.
E então operários mineiros
pescadores e ganhões
marçanos e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
souberam que o seu dinheiro
era presa dos patrões.
A seu lado também estavam
jornalistas que escreviam
actores que desbobravam
cientistas que aprendiam
poetas que estrebuchavam
cantores que não se vendiam
mas enquanto estes lutavam
é certo que não sentiam
a fome com que apertavam
os cintos dos que os ouviam.
Porém cantar é ternura
escrever constrói liberdade
e não há coisa mais pura
do que dizer a verdade.
E uns e outros irmanados
na mesma luta de ideias
ambos sectores explorados
ficaram partes iguais.
Entanto não descansavam
entre pragas e perjúrios
agulhas que se espetavam
silêncios boatos murmúrios
risinhos que se calavam
palácios contra tugúrios
fortunas que levantavam
promessas de maus augúrios
os que em vida se enterravam
por serem falsos e espúrios
maiorais da minoria
que diziam silenciosa
e que em silêncio faziam
a coisa mais horrorosa:
minar como um sinapismo
e com ordenados régios
o alvor do socialismo
e o fim dos privilégios.
Foi então se bem vos lembro
que sucedeu a vindima
quando pisámos Setembro
a verdade veio acima.
E foi um mosto tão forte
que sabia tanto a Abril
que nem o medo da morte
nos fez voltar ao redil.
Ali ficámos de pé
juntos soldados e povo
para mostrarmos como é
que se faz um país novo.
Ali dissemos não passa!
E a reacção não passou.
Quem já viveu a desgraça
odeia a quem desgraçou.
Foi a força do Outono
mais forte que a Primavera
que trouxe os homens sem dono
de que o povo estava à espera.
Foi a força dos mineiros
pescadores e ganhões
operários e carpinteiros
empregados dos balcões
mulheres a dias pedreiros
reformados sem pensões
dactilógrafos carteiros
e outras muitas profissões
que deu o poder cimeiro
a quem não queria patrões.
Desde esse dia em que todos
nós repartimos o pão
é que acabaram os bodos
- cumpriu-se a revolução.
Porém em quintas vivendas
palácios e palacetes
os generais com prebendas
caciques e cacetetes
os que montavam cavalos
para caçarem veados
os que davam dois estalos
na cara dos empregados
os que tinham bons amigos
no consórcio dos sabrões
e coçavam os umbigos
como quem coça os galões
os generais subalternos
que aceitavam os patrões
os generais inimigos
os genarais garanhões
teciam teias de aranha
e eram mais camaleões
que a lombriga que se amanha
com os próprios cagalhões.
Com generais desta apanha
já não há revoluções.
Por isso o onze de Março
foi um baile de Tartufos
uma alternância de terços
entre ricaços e bufos.
E tivemos de pagar
com o sangue de um soldado
o preço de já não estar
Portugal suicidado.
Fugiram como cobardes
e para terras de Espanha
os que faziam alardes
dos combates em campanha.
E aqui ficaram de pé
capitães de pedra e cal
os homens que na Guiné
apenderam Portugal.
Os tais homens que sentiram
que um animal racional
opões àqueles que o firam
consciência nacional.
Os tais homens que souberam
fazer a revolução
porque na guerra entenderam
o que era a libertação.
Os que viram claramente
e com os cinco sentidos
morrer tanta tanta gente
que todos ficaram vivos.
Os tais homens feitos de aço
temperado com a tristeza
que envolveram num abraço
toda a história portuguesa.
Essa história tão bonita
e depois tão maltratada
por quem herdou a desdita
da história colonizada.
Dai ao povo o que é do povo
pois o mar não tem patrões.
- Não havia estado novo
nos poemas de Camões!
Havia sim a lonjura
e uma vela desfraldada
para levar a ternura
à distância imaginada.
Foi este lado da história
que os capitães descobriram
que ficará na memória
das naus que de Abril partiram
das naves que transportaram
o nosso abraço profundo
aos povos que agora deram
novos países ao mundo.
Por saberem como é
ficaram de pedra e cal
capitães que na Guiné
descobriram Portugal.
Em em sua pátria fizeram
o que deviam fazer:
ao seu povo devolveram
o que o povo tinha a haver:
Bancos seguros petróleos
que ficarão a render
ao invés dos monopólios
para o trabalho crescer.
Guindastes portos navios
e outras coisas para erguer
antenas centrais e fios
de um país que vai nascer.
Mesmo que seja com frio
é preciso é aquecer
pensar que somos um rio
que vai dar onde quiser
pensar que somos um mar
que nunca mais tem fronteiras
e havemos de navegar
de muitíssimas maneiras.
No Minho com pés de linho
no Alentejo com pão
no Ribatejo com vinho
na Beira com requeijão
e trocando agora as voltas
ao vira da produção
no Alentejo bolotas
no Algarve maçapão
vindimas no Alto Douro
tomates em Azeitão
azeite da cor do ouro
que é verde ao pé do Fundão
e fica amarelo puro
nos campos do Baleizão.
Quando a terra for do povo
o povo deita-lhe a mão!
É isto a reforma agrária
em sua própria expressão:
a maneira mais primária
de que nós temos um quinhão
da semente proletária
da nossa revolução.
Quem a fez era soldado
homem novo capitão
mas também tinha a seu lado
muitos homens na prisão.
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
um menino que sorriu
uma porta que se abrisse
um fruto que se expandiu
um pão que se repartisse
um capitão que seguiu
o que história lhe predisse
e entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo que levantava
sobre um rio de pobreza
a bandeira em que ondulava
a sua prórpia grandeza!
De tudo o que Abril abriu
ainda pouco se disse
e só nos faltava agora
que este Abril não se cumprisse.
Só nos faltava que os cães
viesses ferrar o dente
na carne dos capitães
que se arriscaram na frente.
Na frente de todos nós
povo soberano e total
e ao mesmo tempo é a voz
e o braço de Portugal.
Ouvi banqueiros fascistas
agiotas do lazer
latifundiários machistas
balofos verbos de encher
e outras coisa em istas
que não cabe dizer aqui
que aos capitães progressistas
o povo deu o poder!
E se esse poder um dia
o quiser roubar alguém
não fica na burguesia
volta à barriga da mãe!
Volta à barriga da terra
que em boa hora o pariu
agora ninguém mais cerra
as portas que Abril abriu!

(Lisboa, Julho-Agosto de 1975.)

sexta-feira, abril 22, 2005

Notaram alguma coisa de diferente na coluna dos membros deste blogue, alí ao lado?

Frase do dia

"Depois dos 50 anos, a única coisa que o médico deixa um homem comer com gordura, é a sua própria mulher..." Anónimo

(enviada por email)


quarta-feira, abril 20, 2005

The things kids say

Children say the funniest of things. Here are a few classic words of child wisdom.

How do you decide who to marry?
You got to find somebody who likes the same stuff. Like, if you like sports, she should like it that you like sports, and she should keep the chips and dip coming.
Alan, age 10

No person really decides before they grow up who they're going to marry. God decides it all way before, and you get to find out later who you're stuck with.
Kirsten, age 10

What is the right age to get married?
Twenty-three is the best age because you know the person FOREVER by then.
Camille, age 10

No age is good to get married at. You got to be a fool to get married.
Freddie, age 6 (very wise for his age)

How can a stranger tell if two people are married?
You might have to guess, based on whether they seem to be yelling at the same kids.
Derrick, age 8

What do you think your mum and dad have in common?
Both don't want any more kids.
Lori, age 8

What do most people do on a date?
Dates are for having fun, and people should use them to get to know each other. Even boys have something to say if you listen long enough.
Lynnette, age 8 (isn't she a treasure)

On the first date, they just tell each other lies and that usually gets them interested enough to go for a second date.
Martin, age 10 (wise beyond his years)

What would you do on a first date that was turning sour?
I'd run home and play dead. The next day I would call all the newspapers and make sure they wrote about me in all the dead columns.
Craig, age 9

When is it okay to kiss someone?
When they're rich.
Pam, age 7

The law says you have to be 18, so I wouldn't want to mess with that.
Curt, age 7

The rule goes like this: If you kiss someone, then you should marry them and have kids with them. It's the right thing to do.
Howard, age 8 (this one has very good morals)

Is it better to be single or married?
I don't know which is better, but I'll tell you one thing. I'm never going to have sex with my wife. I don't want to be all grossed out.
Theodore, age 8

It's better for girls to be single but not for boys. Boys need someone to clean up after them. Anita, age 9 (bless you child)

How would the world be different if people didn't get married?
There sure would be a lot of kids to explain, wouldn't there?
Kelvin, age 8

And our all time favourite is...

How would you make a marriage work?
Tell your wife that she looks pretty, even if she looks like a truck.
Ricky, age 10

Mais um



Morreu Edgar Correia esta madrugada. Morreu um espírito livre da democracia portuguesa, um livre pensador. Morreu mais um renovador comunista. Mais um.
Resta-me o choque de saber da sua morte. Mas também a esperança do legado que deixou para a renovação do comunismo e a da esquerda.


terça-feira, abril 19, 2005

Habemus Papa II

Ó pessoal, toca a guardar as bandeirinhas de Portugal e tirar da gaveta as negras. É que vem aí um obscurantista conservador para Papa. Bento XVI de seu nome Joseph Ratzinger.
Os meus sentimentos a todos os católicos.


Habemus Papa

Ó pessoal! Preparem as bandeiritas de portugal para por à janela e as buzinas dos vossos popós que o novo Papa pode ser português.

O Bom Papa

Deixai-me lá escrever algumas palavrinhas sobre o papa que marcou o último quartel do séc. passado.

A imagem que guardo dele é a de um homem totalmente devoto daquilo em que acreditava. O que, por si só, vale pouco. Senão vejamos:

Foi fanaticamente contra o planeamento familiar e portanto travou uma cruzada contra o preservativo. O que o torna (a ele e à igreja) directamente responsável pelo alastrar do vírus HIV/SIDA em África ou em países, como as Filipinas, profundamente católicos onde a pandemia mata e corrói as estruturas sociais das comunidades. Exemplo disto são os cerca de 38 Milhões de pessoas infectadas em todo mundo, sendo que, das quais, 25 milhões são de África, 15 milhões são mulheres, e dois milhões são crianças. Em resultado desta pandemia há 9 milhões de novos órfãos por todo o mundo. Ver dados aqui .

Cabe, portanto, há igreja e a este papa em particular uma fatia bem larga da miséria social e humana que a SIDA atira às pessoas por este mundo fora, impedindo-as, a pretexto de uma qualquer salvação divina, de se salvarem por elas próprias.

Por outro lado, dizer que foi JP2 o responsável pela queda do comunismo, como agora os mais fieis comentadores dizem, é tão e só um disparate completo. A URSS podia bem com ele e com a igreja, embora fosse sempre um poder incómodo. Não pôde foi, consigo mesmo nem com o mundo que a rodeava, nem com pessoas como Lech Walesa, Vaclav Havel, Gorbachov, ou aqueles milhares anónimos que fizeram a primavera de Praga. Ou simplificando, não teve a capacidade de adaptação que o capitalismo teve.
Ou foi a primavera de Praga, a crise económica da URSS, a derrota no Afeganistão, o desastre de Chernobil, a Glasnost, ou a Perestroika, responsabilidades do papa?

Por outro lado a posição favorável à libertação de Pinochet quando este foi detido em Londres revela bem o carácter libertário e democrático deste papa.
Ou por exemplo a beatificação de admiradores de regimes ditatoriais ou fascistas. Só para dar o exemplo: o cardeal Shuster apoiante de Mossulini ou Balaguer, fundador da Opus Dei e admirador de Franco.

Quanto ao papel da mulheres na igreja e fora dela, acho que estamos conversados acerca do que pensava.
A sua posição sobre o aborto, a eutanásia ou a homossexualdade é (foi) tão fundamentalista como a sua posição sobre o preservativo, tendo mesmo feito ingerências nas políticas internas dos Estados a fim de conservar o estado medieval das leis e opondo-se é sua alteração (Portugal é um caso exemplar). E é claro meus amigos, tudo em prol da liberdade e do respeito pelas opções de cada um.
Mas por outro lado, prolongar a vida do sumo pontífice com um tubinho para ele comer (ou respirar, já nem sei!) já não há problema. Já é conforme a vontade de Deus. (Aí está a hipocrisia de que se falava.)

Foi apesar disto tudo o papa que contribuiu para o diálogo inter-religioso aproximando assim as várias religiões com a religião católica, embora ainda assim muitos digam que o seu ecumenismo tenha sido mais hegemónico de que fraterno.
E, também, honra lhe seja feita quanto à guerra do Iraque. Se bem que o raspanete (a quem a fez) podia ser outro.

Bem. A lista de exemplos do papa “que não tinha defeitos e era só bondade” podia continuar, mas como já vai longo o texto resolvemos ficar por aqui. Já é suficiente para me opor à vassalagem prestada no espectáculo obsceno que foram as suas cerimónias fúnebres que, vendo bem as coisas, mais não foram do que o culto da personalidade travestido de manifestação de fé.


Novo moto

TUDO É POSSIVÉL, O IMPOSSIVÉL SÓ DEMORA MAIS TEMPO!

Estivadores na Finlândia!!!

EXPENSIVE SOCIALISM - FINNISH STEVEDORES MAKE 50K EUR ANNUALLY

"Finland – Finnish stevedores’ strike is over and labour returns to work. No information on salaries given, but a reference was made to last year salaries, according to which a stevedore made already €50 000 per year.
In Finland this blue-collar salary is as high as surgeon’s annual salary. What we can say for sure is, that packing or unpacking a ship is something we all pay, when reading a newspaper made of Finnish paper.
We are also entitled to ask, how come private sector executive salaries are so much behind some of these key area salaries.
If we were to import freely workers from abroad (or Europe) – without Labour Union interfering, then our salary cost would be only 2/5 of the days cost. Labour Union representatives seem to know what they have done in Finland. It is really no wonder, why some of then are using prostitutes and having a nice salary too.
They rather miss anything in Finland, except original priest’s (divine) service, which they are not entitled to enter as sinners.
Costs has to be multiplies by 6, which was the factor of EUR-currency, when we got involved. Inflation is high and I do not think Finland is able to keep up raising the living costs, especially when such big names like Nokia has stated of moving out from Finland sooner of later. It will be a demanding experiment to observe how Nokia HQ’s transfer is affecting into Finnish economy.


(*) Source: Half Nine News at YLE (SDP) channel 1 on April 18, 2005.



Ps. Since this is a Europe, why not come to Finland and ask the same job for a reasonable amount of salary?"


E andou um gajo a estudar para quê?!?!? Já não bastavam os futoboleiros!!!

Asteróide 2004 MN4 pode colidir com a Terra em 2034



style=";font-family:arial;font-size:130%;" >"Uma equipa internacional de astrónomos advertiu que a força de gravidade da Terra poderá atrair um asteróide de grandes dimensões à sua passagem pelo planeta em 2029 e modificar assim a sua órbita, o que poderá provocar uma violenta colisão entre ambos uns anos depois.


Segundo a edição desta segunda-feira do diário britânico The Times, o asteróide, baptizado de 2004 MN4 e que passará a uma distância de entre 24.000 e 40.000 quilómetros da Terra, não representa um perigo real imediato, mas se a sua órbita se desviar poderá colidir com o globo terrestre em 2034.

A impossibilidade de predizer o comportamento do 2004 MN4 pode ter consequências catastróficas ao não permitir aos especialistas prever a colisão, de grande impacto e que causaria danos à grande escala.

«Não sabemos de que é que é feito o asteróide e em que medida a sua órbita poderá ser modificada pela força de gravidade da Terra», explicou ao The Times Benny Peiser, especialista em asteróides da Universidade de Liverpool (norte de Inglaterra)."


in Diário Digital

Mas estejam descansados que o Bruce Willis já está a tratar de tudo!!!

quarta-feira, abril 13, 2005

Relatório sobre o desenvolvimento humano nos países árabes

No «Relatório sobre o desenvolvimento humano nos países árabes», que analisa a situação das liberdades em mais de 20 países, os investigadores da ONU qualificam de «relativamente pobres» os direitos usufruídos pelos cidadãos no mundo árabe em geral...

Sobre o Iraque, os investigadores, escolhidos pela direcção do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), afirmam que o resultado da invasão liderada pelos Estados Unidos foi, até agora, pouco benéfico para a população iraquiana e que «as potências ocupantes foram incapazes de cumprir as obrigações das Convenções de Genebra sobre a protecção de civis». Segundo os investigadores, «o Iraque registou uma perda de segurança interna sem precedentes, com assassínios e actos terroristas na maior parte do território, incluindo ataques contra civis, estrangeiros, organizações internacionais e organizações humanitárias».

Um «estudo científico» citado pelos relatores aponta que cerca de 100.000 pessoas morreram no Iraque em consequência da invasão militar e violência que a seguir tomou conta do país. Para os especialistas da ONU, as mulheres são quem mais sofreu as consequências do conflito, uma vez que «correram e continuam a correr o perigo de serem sequestradas e violadas», não só por «grupos» como também por soldados, citando registos vários de militares que abusaram sexualmente de mulheres detidas.

O documento refere, a propósito, que segundo um relatório da administração norte-americana, até finais de Outubro de 2004 as potências ocupantes do Iraque apenas tinham investido na reconstrução 1.300 mil dólares, «menos de 7% do total» de 18.400 milhões aprovados pelo Congresso dos Estados Unidos para esse fim.

Bem, posto isto, acho que o Bush e o resto daquela malta, vão ficar lá pelo Vaticano bastante tempo!!!

terça-feira, abril 12, 2005

O Papa morreu


SPM

Mais vale tarde que nunca, mas aqui está a posta acerca da morte do Papa.

De um dia para o outro toda a gente era católica ou pelo menos religiosa. Toda a gente foi a Roma ver o Papa pela última vez. Que devotos! Tantos seguidores! Enfim a hipocrisia contínua, até o Bush foi lá - é verdade, ele também é um género de papa, desde que começou a ouvir a voz de Deus!

No nosso país, até houve dias de luto nacional, e o Papa já é, na boca do PR, a personalidade do século XX, blá, blá, blá... Mas porquê. Tanta ignorância. Será que vamos ter que levar sempre com a mesma hipocrisia.

sexta-feira, abril 08, 2005

Mais um clássico, poesia

Engate de um trolha do Puerto:
- Oh doçura! Pareces um helicóptero: Gira e boa!

via http://carago.blogs.sapo.pt/

quarta-feira, abril 06, 2005

The Umbilical Brothers

Ver aqui (com som)

Para Quando não tiverem mais nada que fazer:

Faz-lhe cócegas

terça-feira, abril 05, 2005

Eles merecem...

O Irão foi o segundo país com mais mortes decididas pelos tribunais: 159 pessoas. Três dos executados foram crianças, incluindo uma rapariga de 16 anos, enforcada por "actos incompatíveis com a castidade". A China matou também uma pessoa por um acto semelhante praticado quando tinha apenas 18 anos.

A China e o Irão ratificaram ambos a Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança, que proíbe a aplicação da pena de morte a pessoas menores de idade. Os Estados Unidos, o único país, para além da Somália, que ainda não ratificou o diploma, aboliu a pena de morte para jovens.

Os EUA e o Vietname, com 59 e 64 execuções respectivamente, são outros dois países onde o castigo capital mais foi aplicado.

in Publico - 05/04/05