segunda-feira, janeiro 31, 2005
terça-feira, janeiro 25, 2005
Música cá da Terra
[In a safe place]
[The Album Leaf]
Ouve-se num fim de tarde com o Sol corado a mergulhar pela imensidão de água calma,
e, pensa-se: "quem me dera ser gaivota! O que eu queria mesmo era ser uma."
Talvez um dia (noutra vida) tenha essa sorte.
Num instante, faz frio. E a sombra toma conta do resto.
Está na hora de ir embora.
sexta-feira, janeiro 21, 2005
quinta-feira, janeiro 20, 2005
Agora…
…não dá. Tenho ali o N’Krumah, com mais uma proposta de Unidade Africana, para despachar. O homem não desiste, meu!
Ruínas em ruínas
No entanto, o JPC, "dono" do blog, não assegura que seja uma medida definitiva. Tenho esperança que não. Mas para já elas estão fechadas.
O motivo segundo o João, "corresponde ao facto de isto se ter tornado numa espécie e de obrigaçãozinha, na qual tem escasseado o prazer. É fodido, mas é assim." Respeito e compreendo a decisão, e os motivos que a ela levaram. Fica, no entanto, mais pobre a blogosfera e é isso que lamento profundamente. Obrigado pelos 5 meses de existência, João.
quarta-feira, janeiro 19, 2005
Igreja espanhola a favor do uso de preservativos
Sobre o governo demissionário
Dia 20 de Fevereiro, não te preocupes, ele será feito.
Effect of freeze-dried gluten addition on texture of hamburger buns
M.S. Esteller, R.N.M. Pitombo, S.C.S. Lannes
Biochemical–Pharmaceutical Technology Department, Pharmaceutical Sciences Faculty, São Paulo University,
Av. Prof. Lineu Prestes, 580/Cidade Univ., São Paulo-SP CEP 05508-900, Brazil
Received 5 December 2003; revised 31 May 2004; accepted 18 August 2004
terça-feira, janeiro 18, 2005
É a guerra estúpido!
Aí está mais uma brincadeirinha do nosso querido Monkey Boy. Só que desta vez há uma diferença muito grande em relação ao Iraque: estes “malukos” do Irão têm mesmo armas de destruição maciça e não terão qualquer pudor em utilizá-las.
Entretanto, fico à espera de declarações semelhates para a Coreia do Norte, China, Arábia Saudita Paquistão e Israel.
Snooker Metal
E pronto, por fim lá se decidiram quanto à jogada.
segunda-feira, janeiro 17, 2005
sexta-feira, janeiro 14, 2005
Hacker por 2 minutos
O processo é simplíssimo, basta dizeres que vives nos EUA e logo te tornas num internauta de primeira, com 12 vezes e meio, primeiro, e depois, 125 vezes a capacidade da tua actual caixa postal.
Pessoal, eu fiz e resulta mesmo, não é brincadeira. É tudo à borlix. Experimentem.
Poemas sobre a insignificância
... retirado do Palácio dos Balcões. O link está ali ao lado nos «links».
"A Alcachofra
filha das águas e da terra,
paa quem lhe almeja os dons
é corpo numa veste recusa.
e na sua beleza obstinada
bem no cimo lá da haste
lembra uma jovem cristã
que cota de espinhos usa. "
Ibn´Ammâr Al- Andalusí, Silves, Séc. XI
Convite declinado
Agradeço o teu convite para fazer parte deste projecto que se vê ser de uma originalidade e proficuidade indiscutíveis. Mas é com muita pena que não vou poder aceitar o convite que, tão amavelmente, me enviaste, pois ontem (que coincidência!) aceitei fazer parte de três projectos do mesmo tipo mas com registos suavemente diferentes (só suavemente). Um que só diz bem de toda gente (idêntico ao que me propões, como vês), outro só de citações (igualmente idêntico ao que me propões) e por último um que só fala de mim, do meu pequeno mundo, ou melhor, do mundo todo (enganei-me) e de como sou sensível (muito idêntico, também, como vês, ao que me propões). Assim e deste modo, assegura-se, em todos aqueles que destes três projectos fazem parte, 2 pontos essenciais no que toca à salutar convivência em sociedade:
- uma plena participação cívica e crítica (crítica no bom sentido, é claro), essencial à conservação de uma sociedade que está bem como está porque eu estou bem como estou, ou melhor (enganei-me), aos processos de mudança que tanto urge serem feitos (assim é que é);
- uma opinião – que resulta da observação e análise de tudo aquilo que diz respeito à minha vida (nossa vida, desculpa) e à dos outros que desses projectos fazem parte (ups!, de todos, queria eu dizer).
Honrado pelo convite e sem mais no momento.
nc
Por falar no gajo
Porquê o Socialismo?
Será aconselhável para quem não é especialista em assuntos económicos e sociais exprimir opiniões sobre a questão do socialismo? Eu penso que sim, por uma série de razões.
Consideremos antes de mais a questão sob o ponto de vista do conhecimento científico. Poderá parecer que não há diferenças metodológicas essenciais entre a astronomia e a economia: os cientistas em ambos os campos tentam descobrir leis de aceitação geral para um grupo circunscrito de fenómenos de forma a tornar a interligação destes fenómenos tão claramente compreensível quanto possível. Mas, na realidade, estas diferenças metodológicas existem. A descoberta de leis gerais no campo da economia torna-se difícil pela circunstância de que os fenómenos económicos observados são frequentemente afectados por muitos factores que são muito difíceis de avaliar separadamente. Além disso, a experiência acumulada desde o início do chamado período civilizado da história humana tem sido – como é bem conhecido – largamente influenciada e limitada por causas que não são, de forma alguma, exclusivamente económicas por natureza. Por exemplo, a maior parte dos principais estados da história ficou a dever a sua existência à conquista. Os povos conquistadores estabeleceram-se, legal e economicamente, como a classe privilegiada do país conquistado. Monopolizaram as terras e nomearam um clero de entre as suas próprias fileiras. Os sacerdotes, que controlavam a educação, tornaram a divisão de classes da sociedade numa instituição permanente e criaram um sistema de valores segundo o qual as pessoas se têm guiado desde então, até grande medida de forma inconsciente, no seu comportamento social.
Mas a tradição histórica é, por assim dizer, coisa do passado; em lado nenhum ultrapassámos de facto o que Thorstein Veblen chamou de “fase predatória” do desenvolvimento humano. Os factos económicos observáveis pertencem a essa fase e mesmo as leis que podemos deduzir a partir deles não são aplicáveis a outras fases. Uma vez que o verdadeiro objectivo do socialismo é precisamente ultrapassar e ir além da fase predatória do desenvolvimento humano, a ciência económica no seu actual estado não consegue dar grandes esclarecimentos sobre a sociedade socialista do futuro.
Segundo, o socialismo é dirigido para um fim sócio-ético. A ciência, contudo, não pode criar fins e, muito menos, incuti-los nos seres humanos; quando muito, a ciência pode fornecer os meios para atingir determinados fins. Mas os próprios fins são concebidos por personalidades com ideais éticos elevados e – se estes ideais não nascerem já votados ao insucesso, mas forem vitais e vigorosos – adoptados e transportados por aqueles muitos seres humanos que, semi-inconscientemente, determinam a evolução lenta da sociedade.
Por estas razões, devemos precaver-nos para não sobrestimarmos a ciência e os métodos científicos quando se trata de problemas humanos; e não devemos assumir que os peritos são os únicos que têm o direito a expressarem-se sobre questões que afectam a organização da sociedade.
Inúmeras vozes afirmam desde há algum tempo que a sociedade humana está a passar por uma crise, que a sua estabilidade foi gravemente abalada. É característico desta situação que os indivíduos se sintam indiferentes ou mesmo hostis em relação ao grupo, pequeno ou grande, a que pertencem. Para ilustrar o meu pensamento, permitam-me que exponha aqui uma experiência pessoal. Falei recentemente com um homem inteligente e cordial sobre a ameaça de outra guerra, que, na minha opinião, colocaria em sério risco a existência da humanidade, e comentei que só uma organização supra-nacional ofereceria protecção contra esse perigo. Imediatamente o meu visitante, muito calma e friamente, disse-me: “Porque se opõe tão profundamente ao desaparecimento da raça humana?”
Tenho a certeza de que há tão pouco tempo como um século atrás ninguém teria feito uma afirmação deste tipo de forma tão leve. É a afirmação de um homem que tentou em vão atingir um equilíbrio interior e que perdeu mais ou menos a esperança de ser bem sucedido. É a expressão de uma solidão e isolamento dolorosos de que sofre tanta gente hoje em dia. Qual é a causa? Haverá uma saída?
É fácil levantar estas questões, mas é difícil responder-lhes com um certo grau de segurança. No entanto, devo tentar o melhor que posso, embora esteja consciente do facto de que os nossos sentimentos e esforços são muitas vezes contraditórios e obscuros e que não podem ser expressos em fórmulas fáceis e simples.
O homem é, simultaneamente, um ser solitário e um ser social. Enquanto ser solitário, tenta proteger a sua própria existência e a daqueles que lhe são próximos, satisfazer os seus desejos pessoais, e desenvolver as suas capacidades inatas. Enquanto ser social, procura ganhar o reconhecimento e afeição dos seus semelhantess, partilhar os seus prazeres, confortá-los nas suas tristezas e melhorar as suas condições de vida. Apenas a existência destes esforços diversos e frequentemente conflituosos respondem pelo carácter especial de um ser humano, e a sua combinação específica determina até que ponto um indivíduo pode atingir um equilíbrio interior e pode contribuir para o bem-estar da sociedade. É perfeitamente possível que a força relativa destes dois impulsos seja, no essencial, fixada por herança. Mas a personalidae que finalmente emerge é largamente formada pelo ambinte em que um indivíduo acaba por se descobrir a si próprio durante o seu desenvolvimento, pela estrutura da sociedade em que cresce, pela tradição dessa sociedade, e pelo apreço por determinados tipos de comportamento. O conceito abstracto de “sociedade” significa para o ser humano individual o conjunto das suas relações directas e indirectas com os seus contemporâneos e com todas as pessoas de gerações anteriores. O indíviduo é capaz de pensar, sentir, lutar e trabalhar sozinho, mas depende tanto da sociedade – na sua existência física, intelectual e emocional – que é impossível pensar nele, ou compreendê-lo, fora da estrutura da sociedade. É a “sociedade” que lhe fornece comida, roupa, casa, instrumentos de trabalho, língua, formas de pensamento, e a maior parte do conteúdo do pensamento; a sua vida foi tornada possível através do trabalho e da concretização dos muitos milhões passados e presentes que estão todos escondidos atrás da pequena palavra “sociedade”.
É evidente, portanto, que a dependência do indivíduo em relação à sociedade é um facto da natureza que não pode ser abolido – tal como no caso das formigas e das abelhas. No entanto, enquanto todo o processo de vida das formigas e abelhas é reduzido ao mais pequeno pormenor por instintos hereditários rígidos, o padrão social e as interrelações dos seres humanos são muito variáveis e susceptíveis de mudança. A memória, a capacidade de fazer novas combinações, o dom da comunicação oral tornaram possíveis os desenvolvimentos entre os seres humanos que não são ditados por necessidades biológicas. Estes desenvolvimentos manifestam-se nas tradições, instituições e organizações; na literatura; nas obras científicas e de engenharia; nas obras de arte. Isto explica a forma como, num determinado sentido, o homem pode influenciar a sua vida através da sua própria conduta, e como neste processo o pensamento e a vontade conscientes podem desempenhar um papel.
O homem adquire à nascença, através da hereditariedade, uma constituição biológica que devemos considerar fixa ou inalterável, incluindo os desejos naturais que são característicos da espécie humana. Além disso, durante a sua vida, adquire uma constituição cultural que adopta da sociedade através da comunicação e através de muitos outros tipos de influências. É esta constituição cultural que, com a passagem do tempo, está sujeita à mudança e que determina, em larga medida, a relação entre o indivíduo e a sociedade. A antropologia moderna ensina-nos, através da investigação comparativa das chamadas culturas primitivas, que o comportamento social dos seres humanos pode divergir grandemente, dependendo dos padrões culturais dominantes e dos tipos de organização que predominam na sociedade. É nisto que aqueles que lutam por melhorar a sorte do homem podem fundamentar as suas esperanças: os seres humanos não estão condenados, devido à sua constituição biológica, a exterminarem-se uns aos outros ou a ficarem à mercê de um destino cruel e auto-infligido.
Se nos interrogarmos sobre como deveria mudar a estrutura da sociedade e a atitude cultural do homem para tornar a vida humana o mais satisfatória possível, devemos estar permanentemente conscientes do facto de que há determinadas condições que não podemos alterar. Como mencionado anteriormente, a natureza biológica do homem, para todos os objectivos práticos, não está sujeita à mudança. Além disso, os desenvolvimentos tecnológicos e demográficos dos últimos séculos criaram condições que vieram para ficar. Em populações com fixação relativamente densa e com bens indispensáveis à sua existência continuada, é absolutamente necessário haver uma extrema divisão do trabalho e um aparelho produtivo altamente centralizado. Já lá vai o tempo – que, olhando para trás, parece ser idílico – em que os indivíduos ou grupos relativamente pequenos podiam ser completamente auto-suficientes. É apenas um pequeno exagero dizer-se que a humanidade constitui, mesmo actualmente, uma comunidade planetária de produção e consumo.
Cheguei agora ao ponto em que vou indicar sucintamente o que para mim constitui a essência da crise do nosso tempo. Diz respeito à relação do indivíduo com a sociedade. O indivíduo tornou-se mais consciente do que nunca da sua dependência relativamente à sociedade. Mas ele não sente esta dependência como um bem positivo, como um laço orgânico, como uma força protectora, mas mesmo como uma ameaça aos seus direitos naturais, ou ainda à sua existência económica. Além disso, a sua posição na sociedade é tal que os impulsos egotistas da sua composição estão constantemente a ser acentuados, enquanto os seus impulsos sociais, que são por natureza mais fracos, se deterioram progressivamente. Todos os seres humanos, seja qual for a sua posição na sociedade, sofrem este processo de deterioração. Inconscientemente prisioneiros do seu próprio egotismo, sentem-se inseguros, sós, e privados do gozo naïve, simples e não sofisticado da vida. O homem pode encontrar sentido na vida, curta e perigosa como é, apenas dedicando-se à sociedade.
A anarquia económica da sociedade capitalista como existe actualmente é, na minha opinião, a verdadeira origem do mal. Vemos perante nós uma enorme comunidade de produtores cujos membros lutam incessantemente para despojar os outros dos frutos do seu trabalho colectivo – não pela força, mas, em geral, em conformidade com as regras legalmente estabelecidas. A este respeito, é importante compreender que os meios de produção – ou seja, toda a capacidade produtiva que é necessária para produzir bens de consumo bem como bens de equipamento adicionais – podem ser legalmente, e na sua maior parte são, propriedade privada de indivíduos.
Para simplificar, no debate que se segue, chamo “trabalhadores” a todos aqueles que não partilham a posse dos meios de produção – embora isto não corresponda exactamente à utilização habitual do termo. O detentor dos meios de produção está em posição de comprar a mão-de-obra. Ao utilizar os meios de produção, o trabalhador produz novos bens que se tornam propriedade do capitalista. A questão essencial deste processo é a relação entre o que o trabalhador produz e o que recebe, ambos medidos em termos de valor real. Na medida em que o contrato de trabalho é “livre”, o que o trabalhador recebe é determinado não pelo valor real dos bens que produz, mas pelas suas necessidades mínimas e pelas exigências dos capitalistas para a mão-de-obra em relação ao número de trabalhadores que concorrem aos empregos. É importante compreender que, mesmo em teoria, o pagamento do trabalhador não é determinado pelo valor do seu produto.
O capital privado tende a concentrar-se em poucas mãos, em parte por causa da concorrência entre os capitalistas e em parte porque o desenvolvimento tecnológico e a crescente divisão do trabalho encorajam a formação de unidades de produção maiores à custa de outras mais pequenas. O resultado destes desenvolvimentos é uma oligarquia de capital privado cujo enorme poder não pode ser eficazmente controlado mesmo por uma sociedade política democraticamente organizada. Isto é verdade, uma vez que os membros dos órgãos legislativos são escolhidos pelos partidos políticos, largamente financiados ou influenciados pelos capitalistas privados que, para todos os efeitos práticos, separam o eleitorado da legislatura. A consequência é que os representantes do povo não protegem suficientemente os interesses das secções sub-privilegidas da população. Além disso, nas condições existentes, os capitalistas privados controlam inevitavelmente, directa ou indirectamente, as principais fontes de informação (imprensa, rádio, educação). É assim extremamente difícil e mesmo, na maior parte dos casos, completamente impossível, para o cidadão individual, chegar a conclusões objectivas e utilizar inteligentemente os seus direitos políticos.
Assim, a situação predominante numa economia baseada na propriedade privada do capital caracteriza-se por dois principais princípios: primeiro, os meios de produção (capital) são privados e os detentores utilizam-nos como acham adequado; segundo, o contrato de trabalho é livre. Claro que não há tal coisa como uma sociedade capitalista pura neste sentido. É de notar, em particular, que os trabalhadores, através de longas e duras lutas políticas, conseguiram garantir uma forma algo melhorada do “contrato de trabalho livre” para determinadas categorias de trabalhadores. Mas tomada no seu conjunto, a economia actual não difere muito do capitalismo “puro”.
A produção é feita para o lucro e não para o uso. Não há nenhuma disposição em que todos os que possam e queiram trabalhar estejam sempre em posição de encontrar emprego; existe quase sempre um “exército de desempregados. O trabalhador está constantemente com medo de perder o seu emprego. Uma vez que os desempregados e os trabalhadores mal pagos não fornecem um mercado rentável, a produção de bens de consumo é restrita e tem como consequência a miséria. O progresso tecnológico resulta frequentemente em mais desemprego e não no alívio do fardo da carga de trabalho para todos. O motivo lucro, em conjunto com a concorrência entre capitalistas, é responsável por uma instabilidade na acumulação e utilização do capital que conduz a depressões cada vez mais graves. A concorrência sem limites conduz a um enorme desperdício do trabalho e a esse enfraquecimento consciência social dos indivíduos que mencionei anteriormente.
Considero este enfraquecimento dos indivíduos como o pior mal do capitalismo. Todo o nosso sistema educativo sofre deste mal. É incutida uma atitude exageradamente competitiva no aluno, que é formado para venerar o sucesso de aquisição como preparação para a sua futura carreira.
Estou convencido que só há uma forma de eliminar estes sérios males, nomeadamente através da constituição de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educativo orientado para objectivos sociais. Nesta economia, os meios de produção são detidos pela própria sociedade e são utilizados de forma planeada. Uma economia planeada, que adeque a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho a ser feito entre aqueles que podem trabalhar e garantiria o sustento a todos os homens, mulheres e crianças. A educação do indivíduo, além de promover as suas próprias capacidades inatas, tentaria desenvolver nele um sentido de responsabilidade pelo seu semelhante em vez da glorificação do poder e do sucesso na nossa actual sociedade.
No entanto, é necessário lembrar que uma economia planeada não é ainda o socialismo. Uma tal economia planeada pode ser acompanhada pela completa opressão do indivíduo. A concretização do socialismo exige a solução de problemas socio-políticos extremamente difíceis; como é possível, perante a centralização de longo alcance do poder económico e político, evitar a burocracia de se tornar toda-poderosa e vangloriosa? Como podem ser protegidos os direitos do indivíduo e com isso assegurar-se um contrapeso democrático ao poder da burocracia?
A clareza sobre os objectivos e problemas do socialismo é da maior importância na nossa época de transição. Visto que, nas actuais circunstâncias, a discussão livre e sem entraves destes problemas surge sob um tabu poderoso, considero a fundação desta revista como um serviço público importante.
O original está aqui
Assim não sr. fututo 1º Minístro
É que ninguém sabe qual é a sua estratégia no que toca à política financeira. Nem mesmo o senhor!
quinta-feira, janeiro 13, 2005
Ano Mundial da Física começa hoje oficialmente em Paris
O lançamento oficial do Ano Mundial da Física é feito a partir de hoje, com uma conferência organizada pela UNESCO, a organização das Nações Unidas para a ciência e a cultura. Será o momento de pompa e circunstância que fará arrancar um ano que se pretende que sirva para divulgar a física como uma ciência apelativa aos jovens, e também para comemorar o centenário daquele que ficou conhecido como o ano fantástico de Albert Einstein: 1905, quando publicou três artigos científicos que mudaram para sempre a forma como se pensa acerca do Universo.
Ainda a respeito dos 30 milhões...
Até aqui tudo bem, mas veja-se o que acontece nas organizações mundiais ou votações na ONU; como é que esses países se manifestam? Livremente é que não é. O caso de Oman (salvo o erro) é um bom exemplo: abesteve-se na votação na ONU para a primeira guerra do golfo, e no dia seguintes os E.U.A. cancelaram toda a ajuda para aquele país! Quantos votos foram comprados desta última vez??? Logo, convém ao ocidente (mais especificamente aos ditadores do G8 e afins) manter este tipo de regimes no 3º mundo. De vez em quando dá-se uma migalha, para depois lhes venderem armas ou aumentar-lhes o crédito para que os ditadores possam aumentar ainda mais as suas fortunas, ou receberem um daqueles contractos onde é preciso cortar metade da selva para tirar meia dúzia de barris de petróleo baratucho!
No fim quem se fode já nós sabemos... são aqueles que não têm culpa nenhuma!
O que é preciso é impedir os países desenvolvidos negociarem com qualquer regime opressivo e impedir as multinacionais de fazerem o mesmo, dizer que a fome é uma W.M.D. e entrar lá à força!
quarta-feira, janeiro 12, 2005
30 milhões
Tal como se generalizou uma onda de solidariedade para com as vítimas do Índico, era importante também que o mundo, e sobretudo o Ocidente rico, se solidariza-se com aqueles milhões de pessoas que (sobretudo em África) sobrevivem num estado de total miséria humana.
terça-feira, janeiro 11, 2005
4 pontos Socráticos
2. Outro ponto: Fiquemos à espera do que vai fazer José Sócrates (se ganhar as eleições, o que me parece mais do que provável) quanto ao tão contestado fim dos benefícios fiscais para quem subscreve PPR's. Irá ser coerente com as suas últimas posições e no orçamento rectificativo, manter os benefícios fiscais? Ou, como a memória é curta, vai esquecer-se do que defendia à 2 meses?
(Se bem que neste ponto sou, por princípio, favorável a um corte substancial nos benefícios fiscais, não da sua eliminação total. No entanto, veremos até que ponto há coerência política em José Sócrates.)
segunda-feira, janeiro 10, 2005
A U.E. é das pessoas!
Esta é mais uma prova, a juntar a muitas outras, de que precisamos de uma UE diferente, de uma UE que tenha como objectivo primordial salvaguardar, a todo o custo, o bem-estar dos seus cidadãos. Que, não só tenha intenções cheias de boa-vontade como as ponha em prática, não deixando margem para dúvidas que as tem.
sexta-feira, janeiro 07, 2005
quinta-feira, janeiro 06, 2005
SEX
Oooooppppppssssss
SPM
C130 vs. Pista de aterragem
A lack of communication over in Iraq.
Last week one C-23 Sherpa flew into a US operated airfield in Iraq during the day and saw there was construction equipment on the runway. Yet there was no NOTAM (notice to airmen). A trench was being dug in the runway, and it was not marked. Its a long runway and they just landed beyond the construction. They filed a safety hazard report that was immediately forwarded to our higher headquarters and to the Air Force wing based here.
Well, it seems the construction continued and still was not marked or NOTAMed or anything. A C-130 landed on the runway the night of the 29th and didn't see the construction. It wound up going through what is now a large pit on the runway. A few pictures are attached. The C-130 was totaled.
There were several injuries to the crew and the few passengers that were on board but luckily nobody was killed. Quite the set of failures somewhere in the system regarding this improper construction and no notifications about it.
Mourinho a PM
Monday January 3, 2005
The Guardian
It is an interesting, if slightly bonkers, concept. But the stubbly chinned one would certainly cause a stir. The Chelsea manager's Portuguese nationality might count against him. But in his favour Mourinho is a man who clearly knows what he wants; he has an uncanny knack of realising his ambitions and is not exactly hamstrung by self-doubt or false modesty..."
Será que ele aceita assinar pelo PS ou PSD?!?!?!
Já agora, Bimbo da Costa a PR!!!
Um bom relações públicas
Quarta-Feira, 5 de Janeiro de 2005
Jakarta - With international television broadcasts repeatedly showing the American military delivering supplies to victims of the catastrophic tsunami, Secretary of State Colin Powell candidly acknowledged Tuesday night the hope that such aid might improve the United States' image in the Muslim world.
"We'd be doing it regardless of religion," Powell said. "But I think it does give the Muslim world and the rest of the world an opportunity to see American generosity, American values in action - that we care about every individual and the dignity of every individual" as well as "the needs of every individual, regardless of faith."... "
Esta última frase, foi bonita. Quase que me tirava uma lágrima! Em vez disso desatei a rir!
No dia anterior...
Terça-Feira, 4 Janeiro de 2005
Eu acho que esta notícia, também "give the Muslim world and the rest of the world an opportunity to see American generosity, American values in action - that we care about every individual and the dignity of every individual"
quarta-feira, janeiro 05, 2005
Notícias do Mundo
Uma mulher sérvia casou com um homem morto e apanhou 18 meses. Vinka Mijovic, 32 anos, ficou furiosa por o seu futuro marido ter morrido antes do casamento e arranjou, de forma fraudulenta, maneira de se casar no registo civil da sua terra.
MMS's da Nossa Senhora
Um homem no Chile afirma ter recebido MMS's da Virgem Maria. Ele afirma que as mensagens que recebeu no seu telemóvel são representações divinas e que elas confirmam, entre outras coisas, a existência de Deus bem como a existência de vida para além da morte.
O Trabalho Está Feito. Agora Vou Dormir A Sesta
Um ladrão na Argentina, depois de assaltar uma casa, adormeceu lá.
Consta Que Britney Spears Cheira Mal Dos Pés
Num voo a cantora pop decidiu descalçar os sapatos. Quem não achou muita piada foram os outros passgeiros que se queixaram à tripulação do mau cheiro a bordo.
Kumar Não Tem Mãos Mas Guia Carros Como Ninguém
Na India um homem, sem mãos, conduziu durante 15 horas para bater o recorde do Guinness da especialidade. Ele afirma ter treinado 5 anos para alcançar tal feito.
Nasceu um comentador!!!
"Vais levar com um camião de tijolos!"
"Se, se, se, se... o caralho!!!"
Mais uma vez anunciado!
O aparato de comitiva oficial que enchia ontem à tarde a entrada do lote sete do Lispolis - o Pólo Tecnológico de Lisboa, no Paço do Lumiar -, não deixava dúvidas a quem procurava o lançamento do novo programa de financiamento da ciência. Desde ontem que o Programa Operacional de Ciência e Inovação, substituiu o anterior Programa Operacional de Ciência Tecnologia e Inovação. A ministra Maria da Graça Carvalho diz contar com 518 milhões de euros para investimento até 2006.
João Sentieiro, porta-voz do Conselho de Laboratórios Associados, que representa 21 laboratórios tidos como de excelência a nível nacional, defende que a ciência e a tecnologia saem prejudicadas e que o programa representa uma quebra no financiamento, ao contrário do que o Governo afirma. O director do Instituto de Sistemas e Robótica do Instituto Superior Técnico, classifica o programa como propagandístico: "Como é que um programa que se destina a 2005 e 2006 se designa POCI 2010, e é anunciado por um Governo que se demitiu em 2004."
Mas Sentieiro continua: "O POCI cria um conjunto diversificado de tipologias de projectos que parecem destinados a satisfazer interesses pessoais, como é o caso dos 'projectos demonstradores pré-competitivos', em que o único exemplo citado no programa é o das células de hidrogénio! Será porque esse é o domínio do grupo de trabalho da senhora ministra?"
Génio literário!!!
O participante na Quinta das Celebridades Alexandre Frota lança na segunda-feira a sua biografia ilustrada, um livro que, segundo o editor, demorou dois dias a escrever: bastou o fim-de-semana passado e já vai sair na segunda-feira, informa o diário "24 Horas"...
Os lucros do livro, editado pela Brainpix Edições, são para doar à Sol e à Abraço...."
Em dois dias apenas!!! E eu vejo-me à rasca para escrever um relatório de 4000 palavras. Ó Frota, não me queres dar umas dicas???
Ou será isto mais um caso de exploração da desgraça? Ou será a desgraça a explorar os outros? Alguém me diz, o que é que este tipo de livros/programas têm de interesse?
Porquê? Porquê?
terça-feira, janeiro 04, 2005
O que me começa a meter nojo