Merdas sérias, a brincar e assim assim. Uma janela para uma realidade que não tem, necessariamente, de ser a tua. Qualquer coisinha, já sabes, avisa.

quarta-feira, junho 30, 2004

Solidários!

"Os deputados do PS eleitos para o Parlamento Europeu decidiram, por solidariedade nacional, não votar contra a nomeação Durão Barroso para presidente da Comissão Europeia, anunciou hoje António Costa: «Tendo já falado com os 12 eurodeputados (do PS) decidimos não votar contra, em qualquer circunstância, o nome de Durão Barroso»."

in Expresso Online 30/06/04

Ó coleguinha, mas alguém votou em ti para seres solidário? Passam o ano todo a dizer que o gajo é uma merda, mas quando podem não fazem nada? Bravo! Pois, se calhar ainda vais andar em Bruxelas a pedir favores ao Durão, é sempre bom ter "amigos" nestas posições... Estes politicos são o exemplo da coerência; dizem aquilo que pensam e acreditam; depois perguntam porquê que ninguém vota, porquê o descrédito da classe política, etc... Viva os tachos, agora é que vai ser mamar à grande!

segunda-feira, junho 28, 2004

Santana encomenda o seu primeiro outdoor

Camisolas

Um adepto do Sporting chega a uma loja de material desportivo e depara-se com uma infinidade de camisolas de clubes de futebol. Só não via a do seu clube.
Meio sem graça, pergunta ao vendedor:
- Quanto custa a camisola do Real Madrid?
- €50
- E a do Manchester?
- Essa custa €75
- E a do PORTO?
- Oh meu amigo... Essa é a mais cara da loja por se tratar do melhor clube do Mundo, custa €100
Aí, o pobre arrisca:
Você não tem aí a do Sporting?
- Tenho sim. Está do outro lado, na prateleira das liquidações e custa €9,50
- Porra!!! Só €9,50!!!!!!
- É promoção para queima de stock, essas porcarias não vendem...
-Então dê-me uma - estendendo uma nota de 10 Euros.
O vendedor vai então à caixa registadora, coça a cabeça e meio atrapalhado pergunta:
- Desculpe, mas eu estou sem troco. Quer levar uma camisola do Benfica para completar os €10?

Durão, Presidente da Comissão Europeia

Já percebi o primeiro ministro quando ele dizia que em 10 anos, vamos alcançar a média europeia de qualidade de vida. Sem dúvida um golpe de mestre, pois com a sua "promoção" a presidente da Comissão Europeia, Durão está em posição priveligiada para afundar os restantes 24 países e colocá-los ao nivel de Portugal.

domingo, junho 27, 2004

Obrigado por me a indicares

A Wolf at The Door
Radiohead, Hail to the thief

Foi bom redescobrir a música, e o álbum.

sábado, junho 26, 2004

Há mais vida para além do Circo 2004!

sexta-feira, junho 25, 2004

Eleições antecipadas, já!

Se Durão Barroso abandonar o cargo de 1ª ministro para assumir o cargo de Presidente da Comissão Europeia, não há condições, do ponto de vista da legitimidade democrática, tendo em conta o resultado das últimas eleições, para que seja nomeado, um novo 1º ministro. A nomeação de um novo 1º ministro carece de qualquer ligitimidade. No entanto, a última palavra será do Presidebte Sampaio que, ou aceita a substituição por nomeação ou parte já para um cenário de eleições antecipadas. Esperemos para ver, qual a decisão a ser tomada.

Alguem me comenta isto, por favor

E-mail enviado pelo primo

PAULO PEDROSO VAI PROCESSAR O ESTADO PORTUGUÊS

Paulo Pedroso, que hoje reassumiu o seu lugar de deputado, anunciou que vai processar o Estado e reiterou a ideia que esteve "preso ilegalmente" no âmbito do processo Casa Pia. "Vou accionar os mecanismos judiciais contra o Estado e contra quem esteve na origem da minha prisão ilegal", disse aos jornalistas Paulo Pedroso. O ex-porta-voz socialista esteve em prisão preventiva entre 22 de Maio e 08 de Outubro do ano passado, por suspeita de abuso sexual de menores. No regresso ao Parlamento, o deputado socialista afirmou que não tenciona regressar ao Secretariado Nacional antes do próximo congresso do partido, previsto para Novembro. Nas declarações que fez aos jornalistas no final da sessão plenária, o ex-porta-voz socialista declarou ainda o seu "apoio total" à anunciada recandidatura de Ferro Rodrigues ao lugar de secretário-geral do PS.


Quanto ao desejo do Sr. deputado pretender processar o Estado...
antes de mais, tem de deixar de ser arguido, o que ainda é, pois o processo ainda está em vigor, dado que as vítimas recorreram. Isto significa que a instância de recurso pode mandar pronunciar. Pelo que as ameaças de processo do Sr. deputado caem agora em saco roto.
Mas se houver uma decisão, que lhe seja favorável, aí pode pensar em processar o Estado Português. Se fosse a ele não o fazia, pois sendo político, a atitude é anti-política, dado processar, ao fim e ao cabo o Povo, incluindo aquele que o elegeu.
Por outro lado, terá que provar que a actuação da Justiça foi realmente inadequada e, poria, em causa,a razão de ser da prisão preventiva. A lei permite que esta se aplique, cumprindo determinados requisitos, e é quase certo que a magistratura, estando em causa um deputado, não andou a brincar aos tribunais e lhe aplicou levianamente a medida em causa.
Eu não conheço o processo, não acuso o Sr. deputado nem o defendo. Mas acho muito mal que um ex-ministro da Justiça do governo PS, tenha telefonado para o PGR, que o Ferro se tenha manifestado tão aguerridamente,enfim, pela solidariedade pública tão estranhamente manifestada para com a pessoa em causa. Como é óbvio, podemos solidarizar-nos com um amigo ou colega, mas particularmente e não vir a público nos termos em que foram feitos, pois isso é interferir no curso da Justiça.
por essas e por outras, não voto, não votarei enquanto o rosto político for aquele que actualmente temos.




Alexandra Rodrigues
Vodafone Portugal - Comunicações Pessoais, S.A.
Back Office (Select)

quinta-feira, junho 24, 2004

Lições de História

Na última questão de desenvolvimento do exame nacional de História, que decorreu ontem, os autores da prova pediam aos alunos que comentassem a mensagem de 1 de Janeiro de 1977 do Presidente da República Costa Gomes. Só que, nesse ano, o chefe de Estado era o general Ramalho Eanes.

Imaginem só o rigor desta gente.

Imposto para a Droga!

The fact that dealing marijuana and controlled substances is illegal does not exempt it from taxation. Therefore drug dealers are required by law to purchase drug tax stamps...

Espero que a Ministra das Finanças não visite o nosso blog!!!

S. João, à vinda para casa

So, I am in the twilight of my youth
Not that I'm going to remember
And have you seen the moon tonight
Is it full?
Still burning its embers

The people dancing in the corner, they seem happy
But I am sad
I am still dancing in the coma of the drinks I just had

Does anybody want to take me home?
Does anybody want to take me home?
Take me to your house, and I'll leave you alone
Of course I will
Of course I won't
It seems so tragic... but it disappears like magic
Like magic

Can you recommend an education or drugs
Because I am bored with you already
I'm on Broadway, and I think it's a parade
I'm covered in pieces of confetti
And I am in the twilight of my youth
Not that I am going to remember
Dancing and slowly finding the truth
And it's covered in coma
All of these people in my life, well they seem so in love
Well, I am not
Memorizing my shoes in a cigarette shop

Does anybody want to take me home?
Does anybody want to take me home?
I'm kinda lonely, will you take me home?
Of course you will
Of course you won't
Of course I'm crass
It seems so tragic
Of course you will
Of course you won't
But I'll disappear
I'll disappear
Just like magic
Just like magic
Just like magic


Ryan Adams, Anybody Want To Take Me Home, Rock and Roll

A música no S. João

Embora criánça, tinha uma esperánça, queria ir prá Fránça
Assinhe que te bi, foi ber o rali, aí te conhecie
Ó meu amor dá-me a tua máum,
Queu dou-te em troca o meu meláum
Dá-me um beijinho e berás depois
Bámos embora prá Fránça ós dois

terça-feira, junho 22, 2004

Onde estão as outras coisas

O que é feito do Iraque, da Palestina, do Haiti, da Constituição Europeia, do desemprego, do julgamento de mulheres por aborto, da retoma, do defice da Madeira, do seu soba e das suas 129 obras para inaugurar entre o dia 1 de Julho e 15 de Outubro, do palhaço Bush, Berluscomi, Ferreira Torres e companhia, da Fatinha de Felgueiras e do anão Narciso, do PP do Portas (ainda existe?), da colocação dos professores (será desta?), e das datas dos meus exames? Alguem me diz?

Aqui está a Máquina

Mais um pequeno passo para o homem!

Primeiro voo espacial privado. Que dizem, vamos mandar o Fresas lá para cima?

sexta-feira, junho 18, 2004

...e anda isto a governar o país

Portugal inteiro veio para a rua. As bandeiras nas janelas, que já eram aos milhares, foram multiplicadas por 10. Nas ruas de Lisboa, do Porto, de Ponta Delgada, do Funchal, de Aveiro, de Coimbra, de Bragança, de Faro, de Valença, de Vila Real de Santo António, de todo o País, milhões de pessoas vieram para a rua cantar o Hino Nacional...

in Expresso Online 18/06/04 - Crónica de Marques Mendes

PALHAÇO

A Lista de Sousa Mendes


"Não participo em chacinas, por isso desobedeço a Salazar!"

Contrariando as ordens de Salazar, Aristides de Sousa Mendes, no Consulado de Portugal em Bordéus, passou mais de 30.000 vistos a judeus e outras minorias perseguidas pelos nazis.
Hoje é dia de homenagem.

quinta-feira, junho 17, 2004

Beam me up, Scot!!!

Physicists in Austria and the US have independently demonstrated quantum teleportation with atoms for the first time.,

quarta-feira, junho 16, 2004

Paraíso di gumbe



Manecas Costa é actualmente, na cena internacional e na World Music, uma das mais conceituadas vozes de Africa. Cantor, compositor e guitarrista virtuoso da Giné Bissau, a sua música baseia-se no “gumbe”, música tradicional da sua terra.
No entanto, espanta a sonoridade, por ser de uma contemporaneidade e actualidade geniais. Guitarras acústicas e precursão com cheiro a África marcam o seu novo trabalho, Paraíso di Gumbe. Sem duvida uma sonoridade a descobrir (mais).
Foi, para mim, um dos álbuns mais marcantes dos últimos tempos.
Ganda Manecas!

Que força é essa

Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Construir as cidades para os outros
Carregar pedras, desperdiçar
Muita força pra pouco dinheiro
Vi-te a trabalhar o dia inteiro
Muita força pra pouco dinheiro

Que força é essa
que força é essa
que trazes nos braços
Que só te serve para obedecer
que só te manda obedecer
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo
Que te põe de bem com os outros
e de mal contigo
Que força é essa, amigo
que força é essa, amigo

Não me digas que não me compreendes
Quando os dias se tornam azedos
Não me digas que nunca sentiste
Uma força a crescer-te nos dedos
E uma raiva a nascer-te nos dentes
Não me digas que não me compreendes
(...)

(In Os Sobreviventes, Sérgio Godinho, 1971)

Ora diga lá... em quem votou

Segundo um post de hoje, do laranja amarga, o número de indivíduos com mais de 1 milhão de dólares (1.000.000$US) investidos, ou aplicados, em activos financeiros, aumentou em Portugal 4% entre 2002 e 2003.

Ora diga lá senhor individuo com mais de 1 milhão de dolares, em quem votou?

Como dizem eles: assim se vê a força do PSD/PP (este PP é meu)

OOOOOOOHHHHHHHHHH A SÉRIO?!?!?!

"Um relatório preliminar da comissão de inquérito independente que investiga os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 afirma não existirem provas credíveis de que o Iraque tenha cooperado com a rede terrorista de Osama bin Laden, a Al-Qaeda.

...o relatório da comissão de inquérito sustenta que Osama bin Laden era protegido pelo regime fundamentalista afegão com o apoio tácito do Paquistão. "A capacidade dos taliban para fornecerem abrigo a Bin Laden face à pressão internacional e às sanções das Nações Unidas foi consideravelmente facilitada pelo apoio dado pelo Paquistão"."

in Público - 16/06/04

"Estúpido, era mais ao lado!!!"

Bush enganou-se, afinal era o Paquistão que devia ter atacado. Os E.U.A. pedem desculpa pelo incómodo que possam ter causado durante os últimos dois anos!

A Insensata Humildade de Votar

Por MÁRIO MESQUITA
Domingo, 13 de Junho de 2004

reflexão@europeias.com

Dia de votação para o Parlamento Europeu. O tema eleitoral está vedado ao comentarista. O silêncio é obrigatório, embora não faltem assuntos para analisar, após esta estranhíssima campanha, com inesperado e dramático desenlace. Parece lícita, contudo, a referência ao tema da abstenção, com vista a defender a participação no acto eleitoral, mesmo que seja apenas piedosa manifestação de princípio, destituída de efeitos práticos...

Desde as eleições para a Assembleia Constituinte, a 25 de Abril de 1975, talvez por inércia, mas também pela ilusão de prolongar a ligação ao "espírito do lugar", permaneci sempre inscrito no Bairro Azul, onde então residia. Pela primeira vez, votarei hoje no Liceu Passos Manuel, freguesia das Mercês, que corresponde ao meu local de residência. A minha filha, que lá estudou, ensinou-me a apreciar este "casarão" do princípio do século XX. A própria estrutura, algo labiríntica, da escola, segundo ela, "ensina os alunos, todos os dias, decidir, a optar, a escolher...".

João Bénard da Costa, ao discursar em Bragança, a 10 de Junho, referiu-se a "eleições de fantasia", a propósito destas primeiras "europeias" com 25 países na União. Talvez pertençam mais ao reino das construções desejáveis do que ao "mundo real", mas ajudam a configurar o hesitante projecto europeu. Além disso, permitem medir a "temperatura" à opinião pública portuguesa sobre as questões internas. Para muita gente, não será exaltante votar. Afinal, a opção de cada eleitor pesa muito pouco no resultado final. Para alguns membros de certa elite, suposta herdeira do "velho" Portugal ("comem de garfo e faca há muitas gerações", no dizer de Paulo Portas, versão anos 90), da tradição salazarista, ou da "vanguarda revolucionária", de ideologia marxista, nem sequer vale a pena a deslocação à assembleia de voto.

vaillant@eleições. fr

No diário de Roger Vaillant, há uma passagem em que, numa perspectiva de militante revolucionário, o escritor desvaloriza o gesto de votar. Quando a li, pela primeira vez, antes de 1974, causou-me alguma irritação. Quem vive sob a ditadura, se não partilha convicções fascistas ou fascizantes, defende a regulação pelo sufrágio universal, ainda quando reconhece os seus limites. Refiro-me à "entrada" dos "Écrits Intimes" relativa ao dia 7 de Outubro de 1962. Vaillant já havia tomado as suas distâncias perante Estaline e o "estalinismo". Vivia a decadência do seu sonho militante nestes termos: "O sufrágio universal: nunca tenho em conta, na condução da minha vida, a existência de uma probabilidade em trinta milhões [totalidade do eleitorado francês à época em que o texto foi escrito]. Votar no regime sufrágio universal é um acto religioso. O boletim na urna com o seu cerimonial; um acto mágico que dá aos trinta milhões a ilusão de participar, excepto no plano municipal, sobretudo, ao nível da freguesia; e aí qualquer cidadão pode avaliar com justiça, qualquer pessoa com alguma prática da vida, como o agricultor que, fica a saber, com um só golpe de vista, toda a história passada, presente e futura de uma plantação. Mas que humildade insensata aceitar ser apenas o trigésimo milionésimo factor de uma acção, ou que aberração julgar-se por magia a encarnar o povo como o proprietário que se julga incorporado na sua casa."

Com a humildade de quem sabe que o seu grau de decisão corresponde a uma ínfima parcela do todo nacional ou graças à mágica ilusão de participar, vou invariavelmente depositar o boletim na urna. Mesmo quando não tenho especial motivação para escolher entre o Sousa, o Silva ou o Santos, exerço o direito ao voto. Prefiro cultivar essa "insensatez" ou essa "magia", a delegar as decisões numa elite iluminada, conservadora ou revolucionária, moderada ou fundamentalista.

Por isso mesmo, fico perplexo quando leio na capa de "A Capital" (sexta-feira), rejuvenescida por Luís Osório, que "nenhum jogador português irá votar (...) apesar de terem autorização de Scolari", sobretudo porque esta selecção nacional é apaparicada pelo Estado e acompanhada a todo o tempo por "cicerones" do "sistema político" que bem podiam ter "aconselhado" ou "incentivado" os atletas a votar. À imagem e semelhança do que costuma fazer a Igreja Católica com as freiras e os internados nos "seus" lares da terceira idade.

Folheio o jornal fundado, nos anos 60, por Norberto Lopes e Mário Neves. Afinal, a informação sobre este assunto, em página interior, é ligeiramente diferente do enunciado da primeira página: os seleccionados "estão livres para exercer o direito de voto nas eleições europeias", mas "é pouco crível que alguém saia de Alcochete com esse objectivo". Tudo se situa, afinal, no domínio das previsões. Sucede que este tipo de informação, seja falsa ou verdadeira, funciona, na prática, como desincentivo à participação. Assemelha-se aos famosos "inquéritos de rua" das televisões, cujo valor informativo é quase nulo. Já se adivinha, de antemão, qual será o discurso dominante, mas, através da repetição e da redundância, fomenta-se o alheamento. A abstenção é uma constante nas "europeias", mas nem por isso deixa de chocar a pragmática do abstencionismo nas televisões e, em especial, no serviço público. Claro, a abster-se é legítimo. Todos os cidadãos, como dizia Camus (embora noutro sentido), podem usufruir do "direito a ficar em casa"... A televisão é que não deve - por omissão ou por acção - incentivar o desinteresse o comodismo e o alheamento. Não deve, mas, como é notório, pode. E, provavelmente, para alguns, é conveniente que possa...

normandia@ausente.pt

Para compensar o vazio criado em torno das "europeias" e "quebrar" o folhetim do Euro, tivemos, nos últimos dias, a presença reconfortante e lúcida de Eduardo Lourenço, que nos desafia a pensar e, com isso, nos inquieta (artigo no PÚBLICO sobre as europeias; longa entrevista a Anabela Mota Ribeiro, no DNA; declarações a Luís Osório em "A Capital").

Eduardo Lourenço refere-se às comemorações do desembarque aliado na Normandia. Na entrevista de "A Capital", lamenta a relativa abstenção das televisões portuguesas quanto às cerimónias organizadas em França: "Preocupa-me (...) a falta de memória. Alguma televisão deu realce às celebrações dos 60 anos do desembarque na Normandia? Sei que alguns jornais o fizeram, mas as televisões acabam por ser determinantes para a consciência e percepção colectiva. O argumento deve ser: não houve portugueses a combater durante a II Guerra Mundial. Mas o País esteve suspenso durante seis anos, os portugueses estavam suspensos do destino da Guerra. Além do mais é um pico da tragédia da história da humanidade. E aconteceu apenas há 60 anos!".

Compare-se o acolhimento pleno das televisões portuguesas ao casamento real em Espanha - transmissão directa e integral, em simultâneo nos três canais - com o desinteresse pelas cerimónias da Normandia. Se a televisão desempenha, entre outras funções, a de construir a "história em directo", a televisão portuguesa escolheu, no caso do "Dia D", o esquecimento contra a memória, preferiu o critério da revista cor-de-rosa ao do jornal de referência. Nesse aspecto, ajusta-se bem à descrição do próprio Eduardo Lourenço, na entrevista ao DNA: "O espaço próprio da civilização a que pertencemos chama-se televisão. A televisão é um instrumento de 'divertissement', daquilo que Pascal considerava como afastamento das únicas coisas necessárias e verdadeiramente profundas e importantes. É uma cultura do esquecimento e uma criação do esquecimento sobre o esquecimento."

terça-feira, junho 15, 2004

Contente, e tu



Percetagem de votos da direita coligada: 33,4%

Política

“As pessoas dizem que a politica não lhes interessa; que não lhes diz respeito e que não querem ter nada a ver com isso; m,as têm. A sua posição veste a mascara da indiferença ou da distracção. Mas é o acordo silencioso de milhões de pessoas que faz viver o sistema. Quando não nos opomos a um sistema, o nosso silêncio equivale a uma aprovação, pois nada fazemos para o travar.
As pessoas têm as mais variadas desculpas para justificar a sua indiferença. Até recorrem a Deus como a um atalho para manter o status quo. Falam de lei e de ordem. Mas, olhem para o sistema, olhem para a ordem social que reina hoje em dia na sociedade. Vêem nela Deus? Vêem nela a lei e a ordem? Há apenas a desordem e, em vez da lei, há apenas uma ilusão de segurança. È um ilusão porque é construída sobre uma longa história de injustiça: racismo, criminalidade, escravatura e o genocídio de milhões de seres humanos.
Muita gente diz que é loucura resistir ao sistema, mas na verdade, loucura é não o fazer.”


Múmia Abu Jamal, A Morte em Flor

Quem... eu, votar?

"primeira lição é tirada não das urnas, mas das praias. A televisão entrevistava jovens e gente de meia-idade sobre as intenções de irem ou não votar. Não tinham. Os jovens que deveriam votar pela primeira vez na vida não sentiam a menor emoção com o acontecimento. A pergunta até os surpreendia: ir votar? Que ideia! Mas porquê?

As pessoas de meia-idade tinham todas um estribilho: com estes políticos não vale a pena votar. Mas basta olhar para eles para perceber que não acreditam em nada do que estão a dizer. Queixam-se dos políticos não porque desejem arranjar outros políticos, apenas porque precisam de um álibi para não votarem e este deixa-os com boa consciência. A frase está a tornar-se um lugar-comum, o que começou por ser uma crítica razoável é hoje um subterfúgio cobarde."

in, Público de hoje

Espera-se meia hora por uma cerveja num qualquer Rock in Rio, mas não se pode perder 10 minutos de praia para se exercer o direito/dever cívico de ir votar!
Mais do que uma falta de respeito para com aqueles (que pagaram com a tortura, perseguição e muitos com a vida) que durante décadas lutaram para que um dia pudessemos viver em liberdade e decidir por nós o nosso futuro, o acto de não ir votar (que é em si, um não-acto), é, na minha opinião, um sinal manifesto, do quanto se pode ser irresponsável, acrítico e amorfo com tudo o que nos rodeia, e de como, deixamos de livre vontade que alguém decida, por nós, um futuro que só a nós pertence.
É genial que não nos importemos com isso!

Hooligans

"One England fan in Albufeira told BBC Radio Five Live that police had been "hitting people indiscriminately".

Será excesso de zelo por parte da nossa adorada GNR? Entretanto no país civilizado que é a Grã-Bretanha...

"Police across England made 83 arrests on Sunday after fans rioted following England's defeat."

Por isso é pau neles, sem piedade nesses bifes. Força GNR!!!

quinta-feira, junho 10, 2004

Até sempre



Morreu, hoje, Lino de Carvalho aos 57 anos. Ficou mais pobre a política e o país.

quarta-feira, junho 09, 2004

Euro 2004

Noticia de última hora.

Alter ego abandona a selecção do Papa Grupes, tendo já o seleccionador, engrupido para o seu lugar, nc.

Triste

Estas coisas da morte apanham-nos sempre de surpresa. Triste notícia a de hoje.


António Sousa Franco (1943-2004)

Vénus passeia-se ao Sol II

Trânsito de Vénus (UV)

Telegrama enviado ao selecionador nacional.


"Senhor Scolari, eu já fui Campeão Europeu, agora é a sua vez... se for capaz!!!" Vitor Baía

terça-feira, junho 08, 2004

Vénus passeia-se ao Sol

Ao Primaço

Estávamos quatro a falar, quando alguém se lembrou de fazer o favor de te entregar (Primo) a carteira que não tinhas contigo, e depois de sair do Solar tudo é motivo de risota, por razões óbvias como sabes. O que teve piada na altura, e acho que foi isso que não consegui transpor para aqui, não foi o facto do crucifixo ser teu e terem dito que cheirava a piça, mas o facto de depois de dizerem aquilo estarmos perante UM crucifixo que cheirava a piça (Olha lá a dicotomia: sagrado / profano!)!
Agora não me parece que tenha grande piada, até porque, tenho consciência que posso ter ferido (ou vir a ferir) susceptibilidades que não quero, mas na altura a “heresia” era tanta que deu vontade de rir, mais ou menos com a mesma intensidade de quando desataste a chamar “FILHO DA PUTA!” a toda a gente. Foi um excesso, mas porque foi sem maldade, e devido às circunstâncias, tiveste piada.
Quanto aos intervenientes no diálogo são:
Primeiro traço: eu próprio;
Segundo traço: Quem tem um igual ao teu;
Terceiro traço: Não foi o Káné, mas quase;
Quarto traço: Conclusão em conjunto de quem não se indignou, e se apercebeu da tal dicotomia que te falei acima.
Mesmo assim, desculpa pelo post, e se me disseres que não o queres, que ficas chateado eu apago-o. É só mo dizeres.
Abraço.

segunda-feira, junho 07, 2004

Quando a mascara cai

José Manuel Fernandes (JMF), director do Público e servil seguidor de toda e qualquer política bushista/chernista e afins, revela-se em mais uma das suas muitas facetas de carácter duvidoso. Para além de exercer a função de director do jornal, JMF, ocupa também (agora?), em acumulação, a de censor, num jornal que, ainda assim, e devido á qualidade dos seus jornalistas, colaboradores e restantes trabalhadores, se tem pautado, no panorama das publicações escritas, por um rigor e independência de excepção.

Depois dos puxões de orelhas e recomendações a jornalistas do jornal, o Censor está de volta, mais duro do que nunca!

I love football

Os 10 CEOs mais bem pagos na Europa

TOP TEN
1 Daniel Vasella, ?10,2 - Novartis , Ind. Farmacêutica
2 Chris Gent, ?10,1 - Vodafone, Telecomunicações
3 John BrowZnie, ?8,6 - BP, Ind. Petrolífera
4 Igor Landau, ?8,4 - Aventis, Ind. Farmacêutica
5 Josef Ackermann, ?7,9 - Deutsche Bank
6 L. Owen-Jones, ?6.7 - L'Oreal, Cosmética
7 Jorma Ollila, ?6,1 - Nokia, Telecomunicações
8 José Mourinho, ?5,9 - Chelsea, Futebol
9 Marcel Ospel, ?4,8 - UBS
10 Tom Mckillop, ?4,5 - AstraZeneca, Ind. Farmacêutica
Valores em milhões de euros/ano
Fontes: Fortune/Expresso

Sem dúvida, tou na profissão errada!

domingo, junho 06, 2004

FIQUEM, POR FAVOR




Coligação fica no Iraque a pedido dos iraquianos

sábado, junho 05, 2004

Proibido a menores de 18 anos

(desde já, pedimos desculpa, aos mais susceptíveis, pela falta de educação nesta posta)

[Very private joke]

Dialogo à porta do solar:

- É o crucifixo do Primo.
- É um crucifixo que cheira a rosas. Eu comprei um igual em S. Tiago de Compostela. Ora cheira.
- É do Primo? Cheira mas é a piça!
- É um crucifixo que cheira a piça!

sexta-feira, junho 04, 2004

O Presidente do Porto marca uma reunião com DEUS, chegando lá,ele pergunta:

- Senhor DEUS, eu gostaria de saber se o Porto será Campeão?
DEUS consulta seu livro, flap, flap (páginas do livro de DEUS),e diz:

- SIM, o Porto será Campeão, ainda na sua gestão. E três vezes...

O Presidente do Sporting, curioso, também marca uma reunião com DEUS:

- Senhor DEUS, e o Sporting, será Campeão?

DEUS consulta seu livro, flap, flap, flap, flap, flap, flap,flap, flap,flap, flap, flap, flap, flap e diz:

- SERÁ SIM, o Sporting será Campeão mais de uma vez, mas não na sua gestão.

O Presidente do Boavista também marca uma reunião com DEUS.

- Senhor DEUS, e o Boavista, será Campeão?
DEUS consulta seu livro, flap,flap, flap, flap, flap,
flap,flap,flap,flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,
flap,flap, flap, e diz:

- SERÁ SIM, o Boavista será Campeão, mas não na sua gestão,nem na do próximo presidente.

O Presidente do Benfica também marca a tal reunião com DEUS. E o Benfica, será Campeão?

DEUS consulta seu livro, flap, flap, flap, flap, flap, flap,
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DEUS pega outro livro e flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap, flap,
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- SIM, o Benfica será Campeão... Mas não na minha gestão!!

luis de camões - comentário no expresso online - 4/6/04

E aqui está ele, sempre em grande... o Fresador é claro


Onde está o Paulo?

Perguntou a Helga (com H?), ao que lhe respondeu o Mesquita: Bazou, tu não o viste a ir embora porque ele tem ele tem um holograma. Sacou-o da net.
[quererá ter dito teletransportador?? (teletransportador, é o que eu tou a pensar que é???)] Fdx, é só duvidas esta posta!

Regista-se, no entanto, este raro momento de humor do Fresas!

quinta-feira, junho 03, 2004

O génio-louco que há em mim





Faça você também Que
gênio-louco é você?
Uma criação de O Mundo Insano da Abyssinia




Reality Check

Eurostat: Portugal em 17º lugar na lista de riqueza por habitante

Lusa
Portugal está em 17º lugar na lista dos 25 países da União Europeia com maior poder de compra, o que significa que antes do alargamento a leste, os cidadãos portugueses eram os mais pobres.

Os dados do departamento de estatística da Comissão Europeia, o Eurostat, indicam que o PIB por habitante em Portugal é 25 por cento inferior à média da UE alargada a 25 países e 31 por cento inferior à média dos 15 países que integravam a União antes do alargamento a leste.

A União Europeia a 25 tem uma riqueza média por habitante cerca de oito por cento inferior à média dos 15 Estados mais antigos.

Chipre está em 14º lugar, ultrapassando a Grécia, e a Eslovénia está em 16º lugar, à frente de Portugal.

O Luxemburgo lidera o "ranking" dos mais ricos por habitante da UE, com mais do dobro da riqueza média comunitária (108 por cento acima), surgindo em segundo lugar a Irlanda, até há pouco tempo um dos países da coesão (com Portugal, Grécia e Espanha), 31 por cento acima do PIB por habitante dos 25.

Acima do PIB médio da UE alargada estão ainda a Dinamarca (mais 23 por cento), Áustria (21 por cento), Holanda (20 por cento), Reino Unido (19 por cento), Bélgica (16 por cento) Suécia (15 por cento), França (13 por cento), Finlândia (11 por cento), Alemanha (oito por cento) e Itália (sete por cento).

A Espanha está cinco por cento abaixo da riqueza média da UE a 25.

Também abaixo da riqueza média da UE alargada estão Chipre (17 por cento), Grécia (21 por cento) Eslovénia (23 por cento), Portugal (25 por cento), Malta (27 por cento), República Checa (31 por cento), Hungria (39 por cento) e Eslováquia (49 por cento).

Com menos de metade da riqueza média da União Europeia surgem a Letónia (58 por cento), Polónia e Lituânia (54 por cento) e a Estónia (menos 52 por cento).

Todos os cálculos são feitos em paridade de poder de compra, para corrigir os diferentes níveis de preços entre os países.


in Público

Mas não se preocupem, segundo o nosso primeiro, Portugal alcançará a média europeia dentro de 10 anos!

quarta-feira, junho 02, 2004

Manjerico

São João esse bricalhão
Só sabe partidas pregar
Encheu de ar o balão
E depois fê-lo estourar

(Quadra do primeiro manjerico, deste ano, lá de casa)

Dinamarca - que país bonito!!!

Pessoal, é para aqui que vamos de férias, não quero saber de mais nada!


Próximo destino de férias.

Petrodollars

O preço de um barril de petróleo tem andado a rondar os $40.

O custo de extrair um barril de petróleo no Iraque / Arábia Saudita ronda o $1 => $39 dollars de lucro por barril

O custo de extrair um barril de petróleo nos E.U.A. ronda os $10 => $29 dollars de lucro.

A Arábia Saudia extrai diariament cerca de 7-8milhões de barris => $273 milhões de dollars de lucro por dia.

A produção americana ronda os 7 milhões de barris por dia => $200 milhões de dollars de lucro por dia.

Também não gostavam de facturar $200000000 por dia?!?! Eu gostava!!!

O QUE É AQUELA MERDA



Ontem de noite um objecto estranho pairou nos céus de Portugal. Ninguém sabe o que era. Até a Força Aérea, pelo seu porta-voz, confirmou que os radares da defesa aérea registaram «um alvo» durante dois ou três minutos que «não era nenhum avião identificado como tal».

Lá estranho, é. Quase tão estranho como o Honda Civic (Tuning, quitado, com neons (dentro e fora), abufadeiras, nitros, autocolantes da Penélope e a dizer "TURBO", com um ursinho de peluche na chapeleira e um crucifixo no espelho retrovisor central)- este sim, um verdadeiro OVNI! - avistado pelo Cáné, à noite, enquanto esperava pelo sinal verde.

É do género: O QUE É AQUELA MERDA!!!???

A tortura é notícia, mas não é coisa nova


por John Pilger [*]


Quando comecei a cobrir a guerra americana contra o Vietnam, na década de 1960, visitei os escritórios de Saigon dos grandes jornais e companhias de TV americanas, assim como das agências de notícias internacionais.

Fiquei impressionado com a semelhança das imagens em muitos dos quadros de afixações existentes nos seus escritórios. "É aqui que enforcamos a nossa consciência", disse um fotógrafo de agência.

Havia fotografias de corpos desmembrados, de soldados a segurarem várias orelhas e testículos cortados e de momentos de tortura real. Havia homens e mulheres a serem batidos até à morte, e afogados, e humilhados em modos que viravam o estômago. Sobre uma fotografia estava colado um balão acima da cabeça do torturador, a qual dizia: "Vou ensiná-lo a falar à imprensa".

Surgia uma questão todas as vezes que os olhos de um visitante eram presos por estas fotos: por que não haviam sido publicadas? Uma resposta padrão era que os jornais não as publicariam, porque os leitores não as aceitariam. E publicá-las, sem uma explicação das circunstâncias mais amplas da guerra, era "sensacionalizar".

A princípio, aceitei a lógica aparente disto; atrocidades e torturas do "nosso" lado eram certamente aberrações por definição. A minha educação desde então foi rápida; pois este raciocínio não explicava a evidência cada vez maior de civis assassinados, mutilados, desabrigados e enlouquecidos por bombas "anti-pessoal" despejadas sobre aldeias, escolas e hospitais.

Nem tão pouco explicava as crianças queimadas numa polpa borbulhenta por algo chamado napalm, ou agricultores caçados a tiros de helicóptero, ou um "suspeito" torturado até à morte com uma corda em torno do pescoço, arrastado atrás de um jipe cheio de soldados americanos dopados e às gargalhadas.

Nem tão pouco explicava porque tantos soldados mantinham partes humanas nas suas carteiras e os oficiais das forças especiais guardavam caveiras nas suas barracas com a inscrição: "Um a menos, falta um milhão".

Philip Jones Griffiths, o grande fotógrafo freelancer galês com quem trabalhei no Vietnam, tentou impedir um oficial americano de rebentar em bocados um grupo amontoado de mulheres e crianças.

"Eles são civis", gritou.

"O que importa?", replicou o oficial.

Jones Griffiths e outros tentaram interessar as agências de notícias em fotos que contassem a verdade acerca daquela guerra atroz. A resposta frequente era: "Será que isso é notícia?"

A diferença hoje é que a verdade da invasão anglo-americana do Iraque, igualmente atroz, é notícia. Além disso, documentos escapados do Pentágono tornam claro que a tortura é generalizada no Iraque. A Amnistia Internacional afirma que é "sistemática".

E, ainda assim, apenas começámos a identificar o elemento indizível que une a invasão do Vietnam à invasão do Iraque. Este elemento encontra-se junto à maior parte das ocupações coloniais, não importa onde ou quando. É a essência do imperialismo, uma palavra que só agora está a ser devolvida aos nossos dicionários. É racismo.

No Quénia, na década de 1950, os britânicos assassinaram um número estimado de 10 mil quenianos e mantiveram campos de concentração onde as condições eram tão duras que apenas num mês morreram 402 detidos. "As prisões especiais", escreveu o historiados imperial V. G. Kieman, "provavelmente eram tão más quanto quaisquer estabelecimentos semelhantes nazis ou japoneses".

Nada disto era notícia naquele tempo. O "terror Mau Mau" foi relatado e era percebido só de um modo: como o negro "demoníaco" contra o branco. A mensagem racista era clara, mas o "nosso" racismo nunca foi mencionado.

No Quénia, tal como na fracassada tentativa americana de colonizar o Vietnam, tal como no Iraque, o racismo alimentou os ataques indiscriminados contra civis, e a tortura. Quando chegaram ao Vietnam, os americanos encaravam os vietnamitas como piolhos humanos. Chamavam-nos de "gooks", "dinks" e "slopes" [NT: expressões pejorativas] e matavam-nos em quantidades industriais, tal como haviam massacrado os nativos americanos; na verdade, o Vietnam era conhecido como "o país dos índios".

No Iraque, nada mudou.

Ao jactarem-se abertamente por matar "os ratos nos seus ninhos", os atiradores de elite (snipers) da US Marine, os mesmos que em Faluja mataram mulheres, crianças e idosos, tal como os snipers alemães atiravam para matar nos judeus do Ghetto de Varsóvia, reflectiam o racismo dos seus líderes.

Paul W Wolfowitz, o vice-secretário da Defesa que se diz ter sido o arquitecto da invasão do Iraque, falou em "serpentes" e em "drenar os pântanos" nas "partes não civilizadas do mundo".

Grande parte deste moderno racismo imperial foi inventado na Grã-Bretanha. Ouçam as suas expressões subtis, como os porta-vozes britânicos descobrem palavras com duplo significado para se recusarem a reconhecer o número de iraquianos assassinados ou mutilados pelas suas bombas de fragmentação (cluster bombs), cujos efeitos reais não são diferentes daqueles dos bombistas suicidas; elas são armas de terrorismo. Ouçam Adam Ingram, o ministro das forças armadas, a murmurar sobre isso no parlamento, recusando-se a dizer quantas são as pessoas inocentes vítimas do seu governo.

No Vietnam, o massacre de mulheres e dos seus bebés na aldeia de My Lai foi chamada uma "Tragédia americana" pela revista Newsweek . Estejam preparados para mais na linha da "nossa" tragédia, que convida à simpatia para com os invasores.

Os americanos deixaram três milhões de mortos no Vietnam e uma terra outrora generosa devastada e envenenada com os efeitos das armas químicas que utilizaram. Enquanto Hollywood e os políticos americanos espremem as suas cabeças quanto aos GIs caídos em acção, quem se importa com os vietnamitas?

No Iraque, nada mudou.

Conforme as estimativas mais conservadoras, os americanos e os britânicos mataram 11 mil civis. Se se incluírem os recrutas iraquianos, o número quadruplica.

"Nós contamos até as chaves de parafusos, mas não contamos os iraquianos mortos", disse um oficial americano durante o massacre de 1991. Adam Ingram pode não ser muito culto, mas a vergonha quanto à vida humana é a mesma.

Sim, as atrocidades e tortura são notícia agora. Mas como é que são notícia? pergunta o escritor Ahdaf Soueif. Um apresentador de notícias da BBC descreve as fotos de tortura como "simplesmente lembranças" ("merely mementoes") . Sim, naturalmente: exactamente como as partes humanas mantidas em carteiras no Vietnam.

SADDAM, BÚSSOLA MORAL DO OCIDENTE

Os comentadores da BBC — sempre a melhor medida do pensamento da elite britânico — recordam-nos que a tortura e a humilhação dos soldados "não se compara com as torturas e execuções sistemáticas de Saddam Hussein". Saddam, observou Ahdaf Soueif, "é agora a bússola moral do Ocidente".

Não podemos devolver as vidas iraquianas extintas ou arruinadas por aqueles que actuam em nosso nome. Mas pelo menos devemos exigir que aqueles responsáveis por este crime épico saiam para fora do Iraque já e que tenhamos uma oportunidade de processá-los e julgá-los, e dar indemnizações ao povo iraquianos. Qualquer coisa menos do que isso desqualifica "a nós" como civilizados.



07/Mai/04

[*] Jornalista e cineasta australiano.

Publicação original no Daily Mirror . Reproduzido em http://pilger.carlton.com/print.este artigo encontra-se em resistir.info

terça-feira, junho 01, 2004

F.C. Porto termina o ano a liderar o ranking da CNN

É um processo natural, mas nem por isso deixa de ser importante. Depois de ter conquistado brilhantemente a UEFA Champions League, o F.C. Porto surge em primeiro lugar no ranking da CNN, canal televisivo norte-americano que destaca e pontua as façanhas dos melhores clubes de futebol do planeta.

www.fcp.pt

Investimento na ciência

O Governo português quer chegar a 2010 com uma percentagem de investimento na área da ciência e investigação de entre 1,45 e dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB), comunicou a ministra da Ciência e do Ensino Superior, Maria da Graça Carvalho.

"Há uma meta europeia de três por cento do investimento em 2010. Nós gostaríamos muito de nos aproximarmos o mais possível dessa média europeia. No entanto, sabemos que é complicado", afirmou.

"Estamos, neste momento, a 0,5 por cento da percentagem do PIB em investimento, queremos chegar a 2006 com 1,2 por cento e, depois, queremos chegar a 2010 entre 1,45 e 2 por cento do PIB", referiu a ministra.

Graça Carvalho apresentou ontem, no Funchal, à comunidade científica e empresarial, e à sociedade em geral, o programa "Ciência e Inovação - Plano de Acção Para Portugal até 2010", designadamente os eixos "Regiões do Conhecimento" e "Comunidades Sustentáveis".

O programa, explicou, "tem como objectivo o desenvolvimento das regiões do conhecimento e das comunidades sustentáveis, os projectos e redes para o desenvolvimento da inovação com base regional, do ponto de vista do ambiente, energia e transportes".

in Publico - 01/06/04

Esta parece ser o novo "santo gral" para o desenvolvimento no futuro; apostar na ciência e tecnologia! Para isso o governo quer chegar a um nivel de investimento de 2% do PIB. 2%??? não é isso que o Paulo Portas leva para a defesa? Se não é, deve andar lá perto. Não há dúvida acerca da importancia da tropa... Nestes termos estamos na liderança da Europa, somos dos países que mais gastamos na nossa defesa (olhando a nossa situação, isso é sem dúvida vital); em termos de investigação continuamos na cauda da Europa, um lugar que nos é familiar e tendo em conta que vários dos novos membros já investem 2% do PIB em investigação científica, parece que aí vamos permanecar até 2010. Ainda bem que temos as nossas prioridades bem definidas: Futebol, tachos, futebol, tachos...

BYTE FODER!!!